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Política

Coligação alega inelegibilidade para impugnar candidatura de Delcídio

Chapa encabeçada pelo PSDB argumenta que o ex-senador perdeu o mandato por quebra de decoro parlamentar

Anahi Zurutuza | 21/09/2018 10:04
Delcídio do Amaral em entrevista ao Campo Grande News; ele registrou candidatura ao Senado no dia 17 (Foto: Marina Pacheco)
Delcídio do Amaral em entrevista ao Campo Grande News; ele registrou candidatura ao Senado no dia 17 (Foto: Marina Pacheco)

A coligação “Avançar com Responsabilidade”, encabeçada pelo PSDB, apresentou impugnação à candidatura de Delcídio do Amaral (PTC) ao Senador. A chapa alega que o ex-senador e delator da Operação Lava Jato está inelegível porque em maio de 2016 teve o mandato cassado.

“O pedido do registro de candidatura deve ser indeferido a bem da isonomia do pleito eleitoral, e declarada sua inelegibilidade para concorrer às eleições estaduais de 07/10/2018, para o cargo de Senador, ante a falta de atendimento das condições de elegibilidade, pela perca de mandato parlamentar por quebra de decoro”, defende a coligação na contestação apresentada à Justiça Eleitoral nesta quinta-feira (20).

Delcídio registrou a candidatura na segunda-feira (17) - substituindo César Augusto Nicolatti (PTC). Sem dar detalhes sobre os argumentos apresentados à Justiça Eleitoral, o ex-senador disse em coletiva de imprensa nesta semana que sua defesa tenta restabelecer seus direitos políticos. O registro ainda não foi analisado.

Delcídio foi cassado por quebra de decoro, decorrente da suspeita de obstrução da Justiça em meio às investigações da Operação Lava Jato –o Ministério Público Federal o denunciou a partir de gravação na qual ele aparecia discutindo um plano de fuga e pagamentos para que Nestor Cerveró (ex-diretor da Petrobras e delator nas investigações) não fizesse denúncias contra outros investigados.

A acusação havia levado o ex-senador à prisão e, pela decisão do Senado, ele teve os direitos políticos suspensos por oito anos.

Em 12 de julho deste ano, contudo, Delcídio foi absolvido da acusação ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, que ainda colocou em xeque o vídeo – gravado pelo filho de Nestor, Bernardo Cerveró, e divulgado só depois de o delator não ter conseguido reverter judicialmente sua prisão. A sentença ainda qualificou Nestor e Bernardo como possíveis autores de “chantagem”.

Assim que soube da sentença, Delcídio procurou advogados para reverter a cassação de seus direitos políticos. O STF (Supremo Tribunal Federal) já deu decisão favorável, por exemplo, ao senador cassado Demóstenes Torres.

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