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Economia

Acrissul prevê venda de 800 bois em leilão para contratar milícia

Edivaldo Bitencourt e Filipe Prado | 07/12/2013 11:01
Bovinos que serão vendidos para a contratação de segurança por fazendeiros (Foto: Cleber Gellio)
Bovinos que serão vendidos para a contratação de segurança por fazendeiros (Foto: Cleber Gellio)

A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) prevê a venda de 800 bois durante o Leilão da Resistência, que será realizado hoje com o objetivo de arrecadar fundos para contratar seguranças particulares para proteger as propriedades de invasões indígenas. Cerca de 500 cabeças já estavam na manhã de hoje no Parque de Exposições Laucídio Coelho.

O leilão é duramente criticado pelos índios e movimentos sociais e chegou a ser suspenso na quarta-feira pela juíza da 2ª Vara Federal de Campo Grande, Janete Lima Miguel. Ontem, o juiz da 4ª Vara Federal, Pedro Pereira dos Santos, revogou a liminar e permitiu a realização do certame neste sábado.

Os produtores rurais doaram bois, galinhas e outros animais para o leilão. Muito mais do que arrecadar fundos para a contratação de milícias, os produtores rurais pretendem reforçar o movimento contra a invasão de propriedades rurais pelos índios. Atualmente, 79 áreas estão ocupadas pelos índios e não há decisão judicial de reintegração de posse.

Apesar da crítica dos movimentos sociais, o leilão tem respaldo da bancada ruralista no Estado e de outros lugares do País, como Ronaldo Caiado (DEM/GO). A presidente da Confederação Nacional de Agricultura, Kátia Abreu, veio ao Estado só para manifestar apoio ao certame e aos produtores rurais.

Segundo Chico Maia, a expectativa é vender 800 bovinos às 14h de hoje. O leilão deve arrecadar aproximadamente R$ 1 milhão.

Um dos pontos polêmicos no evento é a participação do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB). Lideranças do PT, como o vereador Zeca do PT, já anunciaram que vetam a aliança do partido com o PSDB se o tucano for ao evento no Parque de Exposição.

Para o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Roberto Botarelli César, o leilão aumenta a violência no campo. Na sua avaliação, o movimento dos produtores aumenta a tensão no campo, principalmente, por permitir a contratação de milícias pelos fazendeiros.

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