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Economia

Agricultores triplicam produção de soja em MS e são premiados

Liana Feitosa | 31/08/2015 12:45
Premiação, criada pelo Comitê Estratégico Soja Brasil, apresentou os 5 vencedores da edição 2015 nesta segunda-feira, em Campo Grande. (Foto: Vanessa Tamires)
Premiação, criada pelo Comitê Estratégico Soja Brasil, apresentou os 5 vencedores da edição 2015 nesta segunda-feira, em Campo Grande. (Foto: Vanessa Tamires)

O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e o 2º maior produtor do grão. Para motivar produtores desse cultivo a extrapolar a média nacional de produtividade, há oito anos o Cesb (Comitê Estratégico Soja Brasil) criou o prêmio Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja. A iniciativa apresentou os cinco vencedores da edição 2015 do desafio nesta segunda-feira (31), durante a Bienal dos Negócios da Agricultura do Brasil Central, em Campo Grande.

O campeão nacional, o produtor rural Alisson Hilgenberg, é de Ponta Grossa (PR) e conquistou a produção de 141,79 sacas de soja não irrigada por hectare, enquanto a média nacional é de 48 sacas/hectare.

Em segundo lugar no país ficou a região Centro-Oeste, cuja campeã foi a Fazenda Jaguarundy, uma propriedade rural que fica ao sul de Mato Grosso do Sul, na cidade de Ponta Porã. A área atingiu a produção de 127,17 sacas por hectare nesta safra com o cultivo de soja de sequeiro.

Superação - Para o consultor responsável pela conquista, o engenheiro agrônomo Antônio Cavicchioli Neto, de 26 anos, o resultado foi uma surpresa, já que o índice foi alcançado por meio do cultivo tradicional.

Segundo o consultor Antônio Cavicchioli Neto, de 26 anos, vencedor da região Centro-Oeste e 2º lugar no país, o índice foi alcançado por meio do cultivo convencional de soja. (Foto: Vanessa Tamires)
Segundo o consultor Antônio Cavicchioli Neto, de 26 anos, vencedor da região Centro-Oeste e 2º lugar no país, o índice foi alcançado por meio do cultivo convencional de soja. (Foto: Vanessa Tamires)

"Nós utilizamos a soja Embrapa 284, nome dado à variedade do grão utilizado. Por ser uma variedade de soja convencional, o resultado foi uma surpresa. Isso serviu de grande incentivo para esse tipo de cultivo", explica Antônio, que trabalhou em parceria com o dono da fazenda, o produtor Arthur Edwards.

"Acredito que o segredo foi realizar todas as aplicações na lavoura no momento certo. Todas as aplicações aconteceram no momento exato, isso foi determinante. Além disso, é preciso ter uma equipe muito bem treinada, organizada. Nessa fazenda, a equipe é muito capacitada, todas as pessoas sabem em que área devem atuar e são muito bem treinadas. Sem eles, esses resultados não seriam alcançados", reconhece o engenheiro.

Visibilidade - O desafio funciona como verdadeira vitrine para consultores da área. Para o também engenheiro agrônomo João Paulo Dantas, de 21 anos, a iniciativa oferece ganhos à produção nacional de soja e divulga o trabalho de consultores e outros técnicos da área.

João levou para a cidade de Capão Bonito (SP) o prêmio de campeão Sudeste. Também usando a soja não irrigada, a área que ficou sob responsabilidade dele pertence à produtora Elizana Baldissera e atingiu produção de 122,99 sacas por hectares. Segundo ele, a média local é de 60 sacas/hectare.

Para o vencedor Sudeste, o engenheiro agrônomo João Paulo Dantas, de 21 anos, o prêmio oferece ganhos à produção nacional de soja e dá visibilidade aos profissionais da área.
Para o vencedor Sudeste, o engenheiro agrônomo João Paulo Dantas, de 21 anos, o prêmio oferece ganhos à produção nacional de soja e dá visibilidade aos profissionais da área.

"O desafio é fazer com que o produtor acredite em você. Ele precisa confiar no que que você diz e, em particular no meu caso, esse foi um desafio a ser vencido devido à minha idade e já que sou recém-formado. É comum pessoas da equipe terem dificuldade de confiar nas suas orientações, mas a produtora acreditou no meu trabalho e fez os investimentos necessários", detalha João.

Desafios - Além dos investimentos de alto custo, existem outras barreiras que precisam ser vencidas para que os resultados ultrapassem a média. Entre elas estão a questão climática, com variações de temperatura, excesso ou falta de chuva, além das condições do solo e resistência do grão.

O prêmio ainda homenageou o campeão em produção de soja em área irrigada que, este ano, foi o produtor Leonardo Latalisa França, em parceria com o consultor Lucas Gontijo Araújo. A área, localizada em Brasilândia de Minas (MG), produziu 113,32 sacas por hectare.

Premiação - Os vencedores regionais e nacionais (de área não irrigada e irrigada) ganharam uma viagem técnica aos Estados Unidos, que ocorreu entre os dias 1 e 9 de agosto e incluiu visitas a culturas de soja de alta produtividade, centros de pesquisa e universidades.

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