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Economia

Após quatro anos, novo assentamento será aberto pelo Incra em MS

Helton Verão | 18/12/2013 15:31
Desde 2009, quando aconteceu a Operação Tellus, da Polícia Federal, o Incra não desapropria ou compra terras para criação de novos assentamentos. (Foto:Divulgação)
Desde 2009, quando aconteceu a Operação Tellus, da Polícia Federal, o Incra não desapropria ou compra terras para criação de novos assentamentos. (Foto:Divulgação)

Serão abertas nesta sexta-feira (20) as porteiras do primeiro assentamento criado em Mato Grosso do Sul, depois de quatro anos de paralisação das desapropriações e aquisições de terras para a reforma agrária no Estado.

Um grupo de 170 famílias que estava aguardando a convocação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para receber seus respectivos lotes, ficarão acampadas dentro do imóvel para maior segurança de cada uma delas, até a implantação total do assentamento.

Desde 2009, quando aconteceu a Operação Tellus, da Polícia Federal, o Incra não desapropria ou compra terras para criação de novos assentamentos. No final de 2012, depois de trabalhar levantando a situação de lotes ocupados irregularmente na região, conforme orientação da Justiça, o Incra-MS recuperou a função de criar novos assentamentos.

O procedimento visa também o cumprimento da nova sistemática da reforma agrária, que compreende a ocupação das parcelas definitivamente com toda a infraestrutura necessária aos beneficiários. Entre as providências nesse sentido estão moradia, estradas internas, água potável e energia elétrica na residência, assim como assistência técnica e até mesmo estudos sobre a vocação da terra e a produção de alimentos de acordo com a demanda de consumo.

Esses e outros objetivos visados pelo Incra serão possíveis com a união de políticas públicas do Governo federal envolvendo inclusive instituições como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a Funasa (Fundação Nacional de Saúde), além dos governos municipais e estadual.

A união de forças em prol do crescimento sócio-econômico dos beneficiários do Incra conta inclusive com uma base de pesquisa da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) no assentamento Eldorado, situado em Sidrolândia. O empreendimento já está em fase de experimental com o desenvolvimento de estudos voltados à melhoria da produção de frutas, verduras, legumes, cerais e até leite e derivados .

O assentamento Nazareth está no eixo de desenvolvimento das áreas vazias do MS, conforme ressalta o superintendente do Incra-MS, Celso Cestari: “Em uma viagem rodoviária de Campo Grande até Três Lagoas, por exemplo, é possível ter uma ideia do vasto descampado de um lado e de outro das rodovias. Estamos trabalhando nesse sentido, concentrando a formação de novos assentamentos nessa direção. A região já foi toda vistoriada pelos nossos técnicos mostrando um bom potencial para criação de novos assentamentos”.

Ele lamentou o período de recesso forçado mas observando que o trabalho continuou normalmente em outras áreas de atuação do órgão. Reconhece que “foi um período de ação e reflexão para atender a reivindicações das lideranças dos movimentos sociais e das próprias autoridades judiciais para uma reação enérgica contra abusos de pessoas menos avisadas. Destaca-se como uma das mais fortes ações a série de despejos com força policial, na recuperação de terrenos irregulares desocupados por dezenas de famílias”.

Foram vistoriados 14 mil lotes, trabalho que acabou sendo estendido para os demais loteamentos do órgão, em todo o MS, onde 30 mil famílias estão assentadas em 178 assentamentos.

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