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Economia

Após R$ 1,6 mi em multas, cabeças de gado são retiradas de área de preservação

Jeozadaque Garcia | 20/01/2012 19:26
Cabeças de gado foram retiradas de área de conservação. (Foto: Divulgação)
Cabeças de gado foram retiradas de área de conservação. (Foto: Divulgação)

Após quatro autos de infração que totalizaram R$ 1,62 millão em multas, e o embargo da área remanescente da fazenda Boqueirão, 830 cabeças de gado foram retiradas do Parque Nacional da Serra da Bodoquena. A Unidade de Conservação está localizada na região que abrange os municípios de Bonito, Bodoquena, Porto Murtinho e Jardim.

Segundo o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), cerca de 250 bovinos já haviam sido retirados da área do parque em novembro do ano passado após ordem judicial. Outras 580 cabeças, parte de um espólio sob a guarda da justiça, ficaram na área.

Já no mês passado, a juíza Adriana Lampert determinou prazo de 15 dias para que os herdeiros se desfizessem do gado na área remanescente da fazenda Boqueirão. Se os animais não fossem retirados, seria expedido o alvará de transporte para a apreensão, doação e transporte do gado.

Ainda conforme o Instituto, esse foi “um dos melhores desfechos de retirada de gado de dentro de unidade de conservação e sem gerar custos para o ICMBio”.

Agora, os brigadistas do parque trabalham na colocação de cercas nos limites da unidade de conservação. Somente após o isolamento total das áreas é que será feito o desembargo da fazenda.

Imbróglio - Parte da fazenda foi adquirida em 2002 pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que geria a área. O objetivo inicial era compor a área da unidade de conservação, mas algumas pastagens ficaram divididas entre o parque e a fazenda, sem que houvesse a necessária divisão física com colocação de cercas.

Além disso, cancelas eram abertas para que o gado da fazenda tivesse acesso em áreas da unidade de conservação. Em 2010, foi realizada uma operação de fiscalização no local e lavrado auto por dificultar a regeneração natural da vegetação do parque e introdução de gado bovino.

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