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Economia

Bertin nega perseguição, mas anuncia demissões

Redação | 20/09/2010 09:52

Em audiência na manhã de hoje no Ministério Público do Trabalho, entre representantes do grupo JBS/Bertin e do sindicato dos trabalhadores da indústria da carne, o frigorífico negou que tenha demitido 180 funcionários como retaliação depois de indicativo de greve. O gerente da unidade de Campo Grande garantiu que foram 52 demitidos, mas já anunciou que outros serão dispensados.

Rubens Bernardes Conceição, gerente de recursos humanos da empresa, disse que a seca prejudicou os abates, reduzidos de 2 mil para 1,2 mil diários. Com a estiagem prolongada, e a falta de bois no mercado, o trabalho diminuiu e um turno ficou ocioso, alega a empresa. "Não vamos readmitir e nem suspender eventuais demissões", anunciou o representante do JBS/Bertin.

Já o sindicato que representa os trabalhadores garante que as demissões foram por conta da ameaça de greve e para contestar a justificativa de crise citou o exemplo do frigorífico Boi Verde, que deu férias coletivas aos empregados para evitar as demissões. "Não há justificativa", reclamou o vice-presidente da entidade, Wilson Gimenez Gregório.

Segundo o JBS, a medida já havia sido tomada em agosto, com 580 em férias e outros 155 estão de folga atualmente. O gerente da unidade da Capital argumenta que as decisões tomadas em Campo Grande ainda são menos drásticas que em Cáceres (MT), onde a unidade foi fechada.

Ele sustenta que para escolher os 52 trabalhadores demitidos, a empresa levou em conta produtividade e número de faltas.

A audiência foi solicitada depois de denúncia do sindicato de que 180 demissões ocorreram após a categoria aprovar indicativo de greve para 13 de setembro, por desrespeito a acordos e pagamento de benefícios extras aos trabalhadores.

Antes de decidir sobre o impasse, o promotor Hiran Sebastião Meneghelli Filho exigiu que o frigorífico apresente em 5 dias os números do Caged

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