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Economia

Consórcio milho-brachiaria beneficia solo e agricultor, destaca Embrapa

Nícholas Vasconcelos | 16/02/2013 14:05

Com o fim da colheita safra 2012/2013 em Mato Grosso do Sul, os produtores rurais já começam a plantar o milho safrinha e uma alternativa é o consórcio com a pastagem brachiaria.

Segundo a Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados, a produção de grãos e palha no sistema de plantio direto é uma alternativa que deve ser considerada para uma agricultura sustentável.

Com o consórcio é possível garantir maior produtividade da soja e do milho safrinha em sucessão e possibilita ainda a engorda do gado no período de estiagem. Com a integração lavoura pecuária, o produtor rural garante renda, economiza insumos e otimiza a lavoura.

De acordo com as pesquisas da Embrapa, as raízes profundas e intensas da brachiaria favorecem a absorção e retenção de água no solo por um maior período de tempo, o que é extremamente positivo para a cultura consorciada.

Outra vantagem desse tipo de lavoura é a fixação de carbono no solo, reduzindo a emissão de Co2 e contribuindo com a redução do efeito estufa.

A produção consorciada favorece ainda o menor desenvolvimento de plantas daninhas reduzindo a aplicação de agroquímicos na lavoura, além da cobertura do solo na entressafra com consequente diminuição das ervas daninhas.

"A utilização de milho RR na safrinha pode acarretar maiores custos com o controle de plantas daninhas no ciclo de soja subsequente, devido à impossibilidade de utilizar o consórcio milho com braquiária, com essa cultivar de milho", explica o analista da Embrapa Agropecuária Oeste, Alceu Richetti.

Quem opta por esse tipo de consórcio reduz também os gastos com fertilizantes químicos , já que a adubação é feita apenas nas linhas de plantio do milho, e a palha é um importante fonte de matéria orgânica.

"Os benefícios continuam mesmo após a colheita do milho. Visto que a brachiaria possui um crescimento inicial rápido, proporciona excelente cobertura do solo e é de fácil dessecação para implantação da lavoura da soja em sucessão, essa pastagem além de proteger o solo serve para pastejo por animais no período de estiagem", explica o analista da Embrapa Agropecuária Oeste, Gessi Ceccon.

A pureza e a germinação das sementes de brachiaria são características importantes que precisam ser observadas pelo produtor, pois evitam o surgimento de espécies indesejáveis e pragas na lavoura. A implantação e o manejo do consórcio milho com a pastagem demandam acompanhamento técnico, além de seguir os critérios recomendados pela pesquisa, a fim de observar os novos ajustes necessários para essa tecnologia.

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