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Economia

De olho em preços melhores, produtor decide armazenar milho

Nícholas Vasconcelos | 24/04/2013 19:24
Segundo a Conab, com 851 armazéns MS tem 16% da capacidade do Centro-Oeste. (Foto: Divulgação)
Segundo a Conab, com 851 armazéns MS tem 16% da capacidade do Centro-Oeste. (Foto: Divulgação)

Com a queda do preço do milho em Mato Grosso do Sul, os produtos do estado decidiram optar por armazenar o grão até que o preço pago melhore. Atualmente, a média paga pela saca de 60 kg é de R$ 18,30, enquanto no início deste mês a cotação chegou a R$ 20. O preço se mantém estável em Campo Grande, em R$ 20, valor máximo pago no Estado.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (23) pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul) e Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul).

“Nesse ano a safra dos Estados Unidos e da Argentina serão extremamente positivas, o que aumenta a oferta em âmbito mundial e projeta a desvalorização do grão”, analisa a economista da Famasul, Adriana Mascarenhas.

Na terceira semana deste abril, a saca de milho apresenta queda na comparação ao mesmo período do ano passado. A diferença chega a 29% em Caarapó, 28% em Campo Grande, 25% em Chapadão do Sul, 31% em Dourados, 28% em Maracaju, 28% em Ponta Porã, 27% em São Gabriel do Oeste, 32% em Sidrolândia e 29% no preço médio do grão.

De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Estado tem 851 armazéns, com capacidade estática de armazenagem de 7,72 milhões de toneladas de grãos. O equivalente a 16% da capacidade de todo o Centro-Oeste, que pode estocar 49,7 milhões de toneladas.

Soja -Se no milho o produtor encontra dificuldades, a situação é diferente na soja. A saca de 60 kg encerraram a terceira semana com valorização em todas as regiões pesquisadas pela Aprosoja, com média de R$ 46,25.

Em Caarapó e Maracaju a valorização chega a 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto que Campo Grande e Dourados registraram aumento de 8,11%.

Outro ponto positivo, apontado pela equipe técnica do Sistema Famasul, está relacionado às exportações da soja. Apesar do caos logístico e dos últimos cancelamentos de exportações, os principais portos do país funcionarão ininterruptamente nos próximos dias e segundo a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) a movimentação de cargas brasileiras pode ampliar em 30%.

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