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Economia

Dólar estável faz as vendas antecipadas da soja em MS travarem

Valorização da moeda norte-americana a partir do dia 6 deve melhorar o cenário, acreditam produtores

Ricardo Campos Jr. | 09/02/2018 08:42
Armazéns estão cheios de milho e falta de espaço para armazenar a soja ajuda a reduzir ritmo da colheita (Foto: Saul Schramm)
Armazéns estão cheios de milho e falta de espaço para armazenar a soja ajuda a reduzir ritmo da colheita (Foto: Saul Schramm)

A estabilidade do dólar travou as vendas antecipadas da soja no estado nos últimos dias. A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) informou nesta sexta-feira (9) que segundo os técnicos, as negociações da oleaginosa devem avançar na próxima semana graças à valorização da moeda norte-americana registrada desde o dia 6.

Entre os dias 29 e janeiro e 5 de fevereiro, foram comercializados 30,4% do que se espera colher na safra deste ano.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) informou ontem em um relatório que as chuvas atrasaram em aproximadamente 15 dias. Além disso, os armazéns onde a oleaginosa será guardada está ocupado com milho, o que tem elevado a movimentação para escoar os grãos.

Para esta safra, está previsto o volume de 8,71 milhões de toneladas de soja. Essa baixa no dólar tem refletido no preço da saca, que em Mato Grosso do Sul caiu 1,42% entre dezembro e janeiro, segundo a Famasul.

O aumento da disponibilidade neste inicio de colheita não deve ajudar a melhorar esse cenário, mas em contrapartida, os produtores estão de olho nas condições climáticas da Argentina, onde clima seco pode reduzir a produtividade e elevar as cotações.

Conforme o último boletim de acompanhamento da safra divulgado pela entidade aponta que somente entre os dias 22 e 29 do mês passado a queda foi de 1,70% na média dos preços feita nas oito cidades pesquisadas, tendo a oleaginosa encerrado esse período com a saca em torno de R$ 61,50.

As maiores desvalorizações foram registradas em Sidrolândia e Campo Grande, onde o preço despencou 3,23%, passando de R$ 62 para R$ 60. Contudo, em Ponta Porã e Caarapó a soja se manteve estável com a saca orçada em R$ 63 durante todo o intervalo de tempo.

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