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Economia

Em MS, 74% da área total de soja plantada é transgênica

Ricardo Campos Jr. | 28/12/2010 14:58

Soja é uma das 3 commodities em que o uso da tecnologia é aprovada

A soja é a commoditie em que a tecnologia transgênica é mais empregada. (Foto: Monsanto)
A soja é a commoditie em que a tecnologia transgênica é mais empregada. (Foto: Monsanto)

Em Mato Grosso do Sul, 74% da área total de soja plantada é transgênica. Desde que o plantio foi autorizado para essa commoditie os baixos custos de produção e aumento na demanda pelos grãos tem incentivado os produtores a utilizarem sementes geneticamente modificadas.

O estado brasileiro que tem maior porcentagem de soja transgênica em relação à área total semeada é Rio Grande do Sul, onde 98,6% da área total do grão utilizam da tecnologia.

No estado, 78,9% da área total de milho e 24,8% da área de algodão plantado são geneticamente modificados. Essas commodities, junto com a soja, são as únicas autorizadas a utilizarem essa técnica.

Segundo levantamento da consultoria Céleres, no Brasil, mais da metade de toda a área semeada é transgênica. De 37,54 milhões de hectares com plantação de soja, milho e algodão, 25,29 milhões correspondem à produção com modificação genética

Na safra 2010-2011, mais da metade de toda a área semeada conta com tecnologia transgênica. Do total de 37,54 milhões de hectares com plantação de soja, milho e algodão, cerca de 67%, ou 25,29 milhões de hectares, correspondem a produção transgênica, segundo levantamento da consultoria Céleres. Um hectare equivale a 10.000 metros quadrados.

No cenário brasileiro, a tecnologia é mais empregada no plantio da soja. Do total de 23,61 milhões de hectares de plantação do produto, 75% contam com sementes modificadas.

O plantio de transgênicos foi regulamentado a partir da safra 2003-2004. A adesão, nesse período, era de 22,1% do total de terras onde a soja era cultivada. Na safra a ser colhida em 2011 essa percentual chega a 75,3%.

A produção da oleaginosa foi a primeira a receber autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência e Tecnologia.

"Se não fossem os transgênicos, a soja teria sido varrida do campo. A concorrência com a Argentina era muito grande. Os portos da Argentina, do Uruguai, do Paraguai são melhores que os nossos, sem contar o custo do frete, que aqui é muito maior", avalia o pesquisador do Centro de Estudos Agrícolas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A introdução da modificação genética também tem se intensificado entre os produtores de milho (inverno), alcançando 75,7% do total da área plantada do grão no país na próxima safra. Na de 2008-2009, época em que foi concedida a permissão para que as culturas contassem com sementes transgênicas, a adesão era de 14,7%.

Contrapartida - Há ainda aqueles que defendam o cultivo tradicional. Para o Greenpeace, por exemplo, o avanço da produção de transgênicos tende a acabar com um mercado em potencial na Europa.

"Há poucas semanas, foi enviado à Comissão Europeia um abaixo-assinado com 1 milhão de assinaturas contra esse tipo de produção. O Brasil ainda exporta sua produção convencional. Se isso acabar, acabará esse mercado no exterior", defendeu o coordenador da campanha de transgênicos do Greenpeace. Iran Magno,

Ele diz que ainda existem muitas dúvidas acerca dos efeitos da uso de produtos geneticamente modificados na saúde dos consumidores: "Os riscos ainda não foram comprovados, nem para um lado nem para o outro", afirmou

(Com informações do G1)

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