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Economia

Famasul faz missa contra "os vermelhos"

Redação | 28/04/2010 08:29

De branco, cerca de 100 pessoas acompanham na manhã desta quarta-feira missa organizada pelos produtores rurais contra as invasões de terra em Mato Grosso do Sul.

Na igreja Sagrado Coração, na avenida Mato Grosso, a celebração começou às 8 horas, com símbolos como a soja, a cana e o berrante dentre as oferendas em nome da classe.

O tom é de paz, mas sem esquecer o combate a ações consideradas criminosas, como a invasão de áreas produtivas e a interdição de rodovias.

Para apoiar a luta dos fazendeiros, também compareceram o deputado da bancada ruralista José Teixeira (DEM), e o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sérgio Longen.

A missa ocorre em todo o País, contra o Abril Vermelho, movimento dos trabalhadores sem-terra pela agilidade no assentamento das famílias acampadas.

Segundo o presidente da Famasul (Federação de Agricultura de MS), Eduardo Ridel, hoje a maior luta dos produtores é para "livrar o Brasil dos vermelhos, contra o crime".

Ele reclama que há mais de 13 anos o MST anuncia o Abril Vermelho, "mas as autoridades ficam complacentes".

Ridel lembra da fazenda Primavera, desocupada apenas ontem, após 11 dias de reintegração de posse concedida pela Justiça, "que não era cumprida".

Apesar do discurso de indignação certeiro contra os sem-terra, o nome oficial da celebração é Missa em Homenagem ao Homem do Campo.

O padre Jair Máximo deu um recado aos dois lados envolvidos na disputa fundiária, para que, antes de buscar a paz, é preciso procurar em outro campo. "Primeiro é ter paz no coração".

Aos fiéis, ele recomendou que não "busquem só os bens, mas a vida".

Entre as músicas escolhidas, algumas tocam diretamente na questão, uma até pode ser interpretada como alusão à reforma agrária: "Somos todos posseiros da roça do pai e posseiros das terras deixadas para nós... Vamos todos fazer a partilha irmãos e de todas as famílias sem terra e sem pão."

Em Brasília, a CNA (Confederação nacional de Agricultura) também faz uma celebração na Esplanada dos Ministérios. Após a missa campal, a direção entregará aos representantes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e Ministério da Justiça, uma declaração pedindo apoio à criação do Plano Nacional de Combate às Invasões

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