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Economia

Feira mantém viva tradição de troca de sementes entre famílias de agricultores

Caroline Maldonado | 10/07/2015 09:18
Feira é realizada todos os anos em Juti (Foto: Divulgação/Embrapa)
Feira é realizada todos os anos em Juti (Foto: Divulgação/Embrapa)

Uma família de agricultores troca sementes com a outra e assim por diante. Dessa forma, a agricultura familiar se sustenta a partir do que os camponeses chamam de sementes crioulas, não modificadas geneticamente. Para manter viva essa tradição, a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) e outras instituições realizam a 11ª edição da Feira de Sementes Nativas e Crioulas e de Produtos Agroecológicas, em Juti, a 320 quilômetros de Campo Grande.

O evento começa hoje (10) e vai até domingo (12), com mesa redonda, apresentação de trabalhos, minicursos e oficinas, além da troca de sementes. Conforme a Agraer, a abertura da feira será as 19h, no Salão Paroquial da cidade, em frente a praça.

O município tem participação expressiva de agricultores familiares na economia local. Foram eles que criaram a feira, segundo a professora universitária Zefa Valdivina Pereira.

“Na 7ª edição começamos a ajudar, mas é um evento de muitas mãos, muita gente ajuda a realizar. A feira faz a troca da sementes para que as próprias famílias tenham autonomia e não precisem comprar as sementes", comenta a professora.  De acordo com ela, a universidade tem um banco de troca e para o encontro vem gente até Brasília e Rio Grande do Sul, interessada no intercâmbio.

Programação - No sábado (11), haverá mesa redonda sobre comercialização de produtos agroecológicos e sementes crioulas com o diretor-presidente da Agraer, Enelvo Felini; o delegado do MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário), Gerson Faccina e um representante da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A mediação será feita pelo pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Milton Parron Padovan.

Durante a tarde, seguem as atividades voltados para a produção de doces a partir de frutos do Cerrado, homeopatia no tratamento de animais, restauração ecológica, sustentabilidade em terras agroecológicas, produção de orquídeas, automação em pequenas propriedades, artesanato com fibras e aproveitamento de resíduos sólidos.

Representantes da Agraer ministrarão as oficinas "Gerenciamento da propriedade rural da Agricultura Familiar" e "Práticas de enxertia e clonagem de plantas". No domingo (12), terá cursos de Coleta, armazenamento e produção de mudas do Cerrado; Produção de insumos agroecológicos; Cuidado com a produção de peixes; Sistema de Irrigação de Baixo Custo; Sustentabilidade e a vida das mulheres e Produção de adubos orgânicos e substratos para mudas.

São parceiros da promoção do evento a Apoms (Associação de Produtores Orgânicos de Mato Grosso do Sul), Agraer, Comissão Pastoral da Terra, Comissão Pastoral da Terra, Embrapa Agropecuária Oeste e Instituto Cerrado Guarani. Também participam representantes da Associação Sabores do Cerrado Assentamento Lagoa Grande-MS; Projeto Biomas; Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Clique aqui para ver a programação.

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