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Economia

Frigoríficos demitiram, mas lucro subiu, diz entidade

Redação | 16/11/2009 10:17

Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional de Trabalhadores na Alimentação e Afins ao Diesse (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sociais e Econômicos), mostra o aumento do lucro dos frigoríficos no ano em que milhares de trabalhadores foram demitidos, 2008.

A questão será tema de audiência pública na Assembléia Legislativa às 14 horas de hoje. A assembléia foi convocada pelo deputado estadual Amarildo Cruz, em parceria com CNTA (Confederação Nacional de Trabalhadores na Alimentação e Afins), Sindmassa-MS e o dep. Federal Antonio Carlos Biffi (PT).

Segundo o estudo, o aumento na receita líquida em 2008 foi de 114,5% para a JBS-Friboi; 85,7% para a Marfrig; 71,8% para a Perdigão.

Já os trabalhadores das unidades abate e produção de produtos de carne eram 22.235, com remuneração média de R$ 803,29. A maioria é do sexo masculino, cerca de 14 mil,. A remuneração média dos homens é de R$ 879,31 contra R$ 663,87 para as mulheres.

Na avaliação do secretário geral do Sindmassa-MS, Fábio Alex Bezerra Salomão, o estudo "quebra o discurso de retração do mercado", usado pela empresários do setor para dividir a reposição salarial de 6,25% concedida na convenção 2009/2010, em três parcelas.

Além disso, o sindicalista reclama da precarização das condições de trabalho, com jornadas chegada a 10 horas diárias, sem intervalos previstos em lei, transporte inadequado, aumento no número de acidente no trabalho e choque térmicos devido a exposição excessiva nas Câmara Frias, além descumprimento de normas técnicas de saúde, com a ausência de técnico de segurança e medico de trabalho e ambulâncias.

"A melhor alteranativa para reduzir a pressão na linha de produção e reduzir de trabalho para 38 horas semanais, jornada já adotadas em países mais desenvolvidos, com o Austrália", comenta.

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