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Economia

Fundação alerta Ministério sobre doença que atinge plantações de algodão

Marta Ferreira | 07/05/2014 16:46
Folha de algodão atingida por doença da "mancha-alvo". (Foto: Divulgação)
Folha de algodão atingida por doença da "mancha-alvo". (Foto: Divulgação)

Laudo encaminhado ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) pela Fundação Chapadão, identifica, pela primeira vez de forma laboratorial, a ocorrência nas lavouras de Mato Grosso do Sul da doença “mancha-alvo” do algodão, que é provocada pro um fungo. Cientificamente denonimada Corynespora Cassicola, a doença não tem defensivos agrícolas registrados no País e atrapalha o rendimento das lavouras.

O engenheiro agrônono e pesquisador da Fundação Alfredo Riciere Dias, a ocorrência do fungo foi detectada há 3 anos, mas só no mês passado foi feita a confirmação laboratorial, em amostras recolhidas em lavouras de Costa Rica e Chapadão do Sul, no Estado, e também de Chapadão do Céu, município goiano na divisa com a região.

De acordo com o pesquisador, a demora na confirmação da ocorrência do fungo se deve aos protocolos que devem ser obedecidos, que incluem nove etapas de análise das mostras colhidas nas áreas cultivas.

O fungo, explicou o pesquisador, precisa apenas de temperaturas amenas (entre 18 e 25 graus) e umidade para se espalhar. Ainda de acordo com o pesquisador, não existe, ainda, um monitoramento que indique o tamanho do impacto da presença do fungo nas lavouras da região, que, de acordo com ele, somam mais de 45 mil hectares de algodão.

Conforme a explicação do engenheiro agronômo, o efeito que a doença causa é a queda das folhas, o que atrapalha na formação do que é chamado como "maçã" do algodão, o popular caroço onde se forma a pluma. Com a maçã pouco desenvolvida, a produtividade cai.

O chefe de fiscalização de sanidade vegetal do Mapa em Mato Grosso do Sul, Ricardo Hilman, informou que, de pronto, a orientação aos produtores é ficar alerta em relação à doença, principalmente pela inexistência de defensivos agrícolas registrados.

De acordo com ele, até existem produtos que se propõe a combater o fungo, mas eles não tem aprovação tanto do Mapa quanto do Ministério do Meio Ambiente e da Anvisa. “Cabe às indústrias fazerem os procedimentos para autorizar a utilização de produtos nas áreas cultivadas”, informou.

De acordo com Hilman, a doença já é conhecida e, por enquanto, não há registros de perdas consideráveis ou situação de emergência, que motivassem medidas coletivas por parte do Ministério.

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