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Economia

Governo sugere pacto entre indústria e produtor de leite para ampliar cadeia

Caroline Maldonado | 23/02/2015 08:45
Famílias que produzem entre 60 e 300 litros de leite por dia reclamam de preços pagos por laticínio (Foto: Roque Buzanello)
Famílias que produzem entre 60 e 300 litros de leite por dia reclamam de preços pagos por laticínio (Foto: Roque Buzanello)

Pequenos produtores de leite contam com o programa Lei Forte, criado em 2012, pelo Governo do Estado para fortalecer a cadeia. No entanto, há produtores que reclamam da baixa lucratividade nas negociações com os laticínios, que inviabiliza novos investimentos na produção.

Com isso, a única fonte de renda de algumas famílias fica desfazada a cada ano, conforme relataram produtores de São Gabriel do Oeste, a 140 quilômetros da Capital, em reportagem veiculada pelo Campo Grande News, em julho de 2014.

Segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), essa realidade deve mudar nos próximos anos com a expansão das ações de apoio pelo programa Leite Forte. “Nós temos que ter produção, temos que estender para outras partes do Estado. Ampliar o número de produtores atendidos para ter maior produção”, disse o governador.

Para mudar o cenário, a aposta deve ser no equilíbrio de preços e pacto entre produtores e indústria, segundo Reinaldo. “Não adianta se ter um excedente de produção e puxar o preço para baixo e acabar perdendo, totalmente, a competitividade. Então precisamos ter, entre indústria e segmento produtivo, um pacto para mostrar um equilíbrio para que o pequeno produtor possa produzir, investir e ter renda para ter sustentabilidade nos negócios”, sugeriu.

Na avaliação do governador, a cadeia tem certa organização, mas é possível potencializar as ações. “Acho que temos que organizar bem a cadeia de leite como uma grande oportunidade para o pequeno produtor. É um sistema que já tem organização, mas se a gente for ainda mais organizado nisso a gente vai conseguir atender todas as demandas”, disse Reinaldo, em entrevista.

Durante visita a fábrica BRF Foods, em Terenos, a 25 quilômetros de Campo Grande, o diretor-presidente da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), Enelvo Felini, falou que há intenções de firmar parcerias com o laticínio, para melhorar a remuneração do produtor, mas até agora nada ficou definido.

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