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Economia

Incra envia ouvidor e procurador para negociar saída pacífica em Itaquiraí

Ângela Kempfer | 24/10/2011 12:10

O ouvidor agrário estadual Sidnei de Almeida e o chefe da procuradoria do Incra em Mato Grosso do Sul, Antonio Augusto Ribeiro de Barros, viajaram hoje para Itaquiraí para negociar a saída dos brasiguaios que estão acampados na fazenda Mestiço.

Ordem judicial comunicada da sexta-feira dava 48 horas para as 240 famílias desocuparem a propriedade. O prazo terminou ontem, mas até agora o grupo permanece na área.

O superintendente do Incra no Estado, Celso Cestari, diz que neste momento o órgão tenta derrubar duas decisões judiciais para evitar confronto entre os sem-terra e os funcionário da fazenda.

Primeiro, o Incra espera um prazo extra para a retirada das famílias e vai recorrer à Justiça estadual de Itaquirai, que expediu a reintegração de posse.

“Como o prazo terminou, o fazendeiro já pode acionar a Polícia Militar para fazer a desocupação, mas precisamos de mais tempo para negociar a saída de forma tranquila”, justifica Cestari.

Mas o ponto crucial, na opinião dele, é derrubar uma decisão da Justiça Federal de Naviraí, que em agosto de 2010 suspendeu todos os processos de reforma agrária em Mato Grosso do Sul.

A medida foi consequência da Operação Tellus, que prendeu o superintendente na época, Valdir Cipriano e outros funcionários do órgão por suspeitas de irregularidades no repasse de lotes.

“A direção foi trocada, tudo foi investigado, não há mais motivos para a suspensão”, defende Cestari. “Não podemos mais ficar parados. Esse problema é muito grave. A suspensão Programa de Reforma Agrária em Mato Grosso do Sul vai começar a provocar cada vez mais conflitos” .

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