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Economia

Investimento público em logística e clima preocupam agricultores

Caroline Maldonado | 12/08/2015 10:55
Evento lançado hoje vai discutir entraves para agricultura em MS (Foto: Caroline Maldonado)
Evento lançado hoje vai discutir entraves para agricultura em MS (Foto: Caroline Maldonado)

Preocupados em manter o patamar de produção e aumentar níveis de qualidade das lavouras, agricultores sul-mato-grossenses consideram como essencial a discussão de entraves que podem gerar incerteza e impactam diretamente nas relações de competitividade do setor. Nesse contexto, investimento público na área de logística e mudanças climáticas são os temas que mais preocupam os produtores.

Com safra recorde de grãos, estimada em 16,1 milhões de toneladas, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), em 2015, o setor anseia por contrapartida governamental para solucionar problemas e continuar avançando. Segundo o presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Maurício Saito, em 37 anos, o investimento do Governo Federal em transportes baixou de 23% do PIB (Produto Interno Bruto) para 0,2%.

“A logística e infraestrutura não têm acompanhado a pujança que existe na agricultura. Ao mesmo tempo que temos usados tecnologia de forma eficiente por parte do produtor rural faltam ações para que a gente não perca a eficiência e tenha manutenção de uma longevidade das novas tecnologias, que são disponibilizadas ao produtor rural”, comentou o presidente da entidade, lembrando que a questão de refúgio e cobrança de royalties também são fatores que ainda não estão normatizados pelo setor.

Conforme o diretor de Relações Institucionais da Famasul, Rogério Beretta, foi realizado um levantamento pela empresa Macro Logística, que apontou as principais vias de escoamento no Estado. “Determinadas quais são as principais vias de escoamento de produção e qual o investimento necessário, esse investimento tem que ser privado ou do governo. Então, o problema já está mapeado. O que falta a agora é investimento para duplicar estradas, trabalhar portos, terminar ferrovias”, detalhou.

Quanto as ferrovias, o diretor lembra que a malha ferroviária tem sido diminuída ao invés de ampliada como é desejável. “Existe mapeamento da ferrovia Maracaju, Dourados, ligando à Cascavel, que precisa avançar. Tem a Ferronorte, que também precisa vir até Panorama. Então isso já está definido como sendo prioritário e fatalmente seria uma solução para o escoamento da safra diminuindo o trânsito nas rodovias”, disse.

No que tange aos esforços do Governo do Estado para apoiar o setor, as discussões vem em hora de “realinhamento de ações”, segundo o secretário adjunto de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Jeronimo Alves. “Nesta fase, ainda não estamos podendo atender, de maneira imediata, todas as reivindicações do setor da agricultura. O debate, a convergência das manifestações, das ideias em muito contribuem para o fortalecimento das cadeias produtivas de MS”, comentou, durante lançamento da 3ª edição da Bienal dos Negócios da Agricultura, marcada para os dias 31 de agosto e 1º de setembro, em Campo Grande.

3ª edição da Bienal dos Negócios da Agricultura tem aplicativo com detalhes do evento (Foto: Caroline Maldonado)
3ª edição da Bienal dos Negócios da Agricultura tem aplicativo com detalhes do evento (Foto: Caroline Maldonado)

Bienal – O evento reunirá produtores e especialistas de três eixos, competitividade, sustentabilidade e tecnologia e inovação. A programação está disponível no site www.bienaldaagricultura.com.br e também via aplicativo para smartphone.

Entraves para a competitividade da agricultura do Centro-Oeste será tema de mesa redonda no dia 1º, a partir das 8h30, em seguida, as 10h45, o assunto é a importância da pesquisa, ciência e tecnologia e inovação na agricultura. A partir da 1h30, serão debatidas incertezas e mudanças climáticas e educação como fator de transformação das pessoas e da realidade na agricultura.

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