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Economia

Ministro garante empenho para "salvar" frigoríficos

Redação | 01/04/2009 15:48

O ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, garantiu que o governo federal está empenhado em "salvar" os frigoríficos que passam por dificuldades financeiras, especialmente, o Independência.

Apesar da declaração, nenhuma novidade foi anunciada, após o desembarque do ministro em Campo Grande. Ele foi recepcionado na Base Aérea da capital pelo governador André Puccinelli (PMDB) e no final da tarde seguirá para visita a 71ª Expogrande.

A notícia de liberação de R$ 200 milhões em empréstimo, solicitado pelo Grupo Independência por meio de linha de crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), ainda não veio.

Contudo, Stephanes confirmou que os recursos estão garantidos, para liberação via Banco do Brasil, e criticou a morosidade para repasse ao frigorífico. Segundo ele, o equívoco é que o BNDES está cumprindo toda a burocracia exigida para transações corriqueiras. "Mas agora a situação é de crise", reclama.

O ministro defendeu o presidente, assegurando que Lula tem agido em beneficio da classe produtora nacional. Ele conta que em recentes conversas, o presidente usou uma gíria para determinar empenho para a solução do problema, orientando a "bater firme para que as coisas aconteçam".

Do governador de Mato Grosso do Sul, Stephanes recebeu apoio. André Puccinelli declarou considerar o ministro "aliado de primeira hora".

Mesmo com o agradecimento pelo apoio, o governador também reforçou a necessidade de agilizar a liberação de ajuda financeira aos frigoríficos. "O Banco do Brasil desta vez está demorando demais", reclamou.

André alertou que a demora para o socorro pode quebrar toda a cadeia produtiva da carne, começando pelo pecuarista.

A secretária de Produção do Estado, Tereza Cristina Correa da Costa, chamou atenção para as condições já impostas para a liberação de crédito ao Independência, que está condicionado ao pagamento de fornecedores do frigorífico prioritariamente.

Tereza Cristina também lembrou de frigoríficos pequenos, que sustentam a economia em municípios menores. O governo estadual cobra celeridade em socorro financeiro também para essas empresas. "Alguns geram 300, 400 empregos, e o fechamento gera um impacto muito grande à cidades menores", justificou.

O Independência já fechou 8 unidades no País, três em Mato Grosso do Sul, com demissão de 2.2 mil trabalhadores em Campo Grande, Anastácio e Nova Andradina.

Neste mês, o Torlim, de menor porte, anunciou o fechamento em Amambai, com a demissão de mais de 300 funcionários. O frigorífico era o maior empregador da região.

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