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Economia

MS Agro discute sobre a educação e crise, da sala de aula ao campo

Liana Feitosa | 27/11/2015 10:50
De acordo com presidente da Famasul, Maurício Saito, objetivo do evento é expor a importância do conhecimento para o desenvolvimento completo de Mato Grosso do Sul. (Foto: Liana Feitosa)
De acordo com presidente da Famasul, Maurício Saito, objetivo do evento é expor a importância do conhecimento para o desenvolvimento completo de Mato Grosso do Sul. (Foto: Liana Feitosa)

Durante a manhã desta sexta-feira (27), produtores rurais, representantes de sindicatos do agronegócio, educadores e interessados no mercado produtivo do Estado se reúnem na Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS) para acompanhar ciclo de palestras sobre economia, as perspectivas para 2016 e, principalmente, a importância da educação para o avanço do Estado.

De acordo com Maurício Saito, presidente da Famasul, o objetivo do evento, chamado MS Agro, é expor claramente a importância do conhecimento para o desenvolvimento completo de Mato Grosso do Sul.

Faca e queijo - "Queremos dar ferramentas para que o setor produtivo tenha acesso à transformação gerada pelo conhecimento. Aqui, vamos tratar a educação não só do ponto de vista da qualificação da mão de obra no campo, mas como mecanismo que impulsiona a economia do Estado e do País", afirmou.

O evento reúne três palestrantes: o professor Luiz Felipe Pondé, doutor em Filosofia pela USP (Universidade de São Paulo), o cientista político Carlos Melo, doutor pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e o economista André Perfeito, mestre em economia política.

Eles participam, ainda, de um bate-papo com a jornalista Salette Lemos, duas vezes ganhadora do Prêmio Esso de Jornalismo.

Futuro - Para o economista André Perfeito, o agronegócio pode ser uma ilha no meio da crise, especialmente no Mato Grosso do Sul. "Com a alta do dólar, que deve permanecer no próximo ano, o Estado pode se beneficiar nas exportações. É por isso que os investimentos no setor precisam continuar, principalmente nesse cenário, que é um momento de mudança", analisou.

Já o professor Luiz Felipe Pondé falou essencialmente sobre o papel, desafios e incoerências da educação formal brasileira. "A educação é difícil de ser levada a sério no Brasil porque, apesar de gerar impacto social, esse impacto demora a chegar", pontuou.

Jornalista Salete Lemos afirmou que a educação, hoje, é erroneamente estática. (Foto: Liana Feitosa)
Jornalista Salete Lemos afirmou que a educação, hoje, é erroneamente estática. (Foto: Liana Feitosa)

Importância - "Quando o transporte público entra em greve, ele estrangula em algumas horas a sociedade. Mas quando um professor entra em greve, por que a paralisação demora a ser resolvida?", questionou. "Demora porque a educação não faz falta imediata. O único problema imediato gerado pela falta de educação é onde as crianças vão ficar quando as escolas estão fechadas", respondeu.

Para ele, a educação é investimento a médio e longo prazo e está intimamente ligada ao futuro, à consciência de que é preciso investir hoje para colher depois.

Mudanças - Sobre isso, a jornalista Salete Lemos afirmou que a educação, hoje, é erroneamente estática. "A educação é uma urgência, mas ela tem sido estática. O problema é que o mundo mudou mais em 3 anos do que nos últimos 30. A educação deve ter mobilidade, e mobilidade social, econômica e política", classificou.

"Aqui, a Famasul está preparando Mato Grosso do Sul para o Mato Grosso do Sul, é preciso segmentar o conhecimento, ir além da capacitação e investir em conhecimento, como está sendo feito aqui. É a educação que vai permitir o desenvolvimento do agronegócio de maneira completa e sustentável, e sustentável em todos as áreas, não só no meio ambiente", finalizou a jornalista.

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