MS é exemplo de uso de tecnologia no campo, diz presidente da Monsanto
O presidente da Monsanto Brasil, André Dias, disse nesta terça-feira (20) que os produtores de Mato Grosso do Sul são inovadores e têm sido exemplo de desenvolvimento da produção no uso da tecnologia. O seminário MS Agro está sendo realizado na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande.
Dias também comentou sobre o avanço que a tecnologia representa para a agricultura. “O nível da produtividade de hoje não é o mesmo de anos atrás e essa transformação se dá por meio da tecnologia. A tecnologia que permitiu que a agricultura no Centro-Oeste seja o que é hoje”, disse o presidente da Monsanto.
André Dias destacou também a importância da agricultura para o país e, principalmente, para Mato Grosso do Sul.
O presidente da Famasul, Eduardo Riedel, afirmou que está otimista com o desenvolvimento da tecnologia, e que tambémé preciso “resolver os gargalos” nas principais cadeias produtivas do Estado, como infra-estrutura e segurança jurídica.
O senador Waldemir Moka (PMDB) disse que é preciso resolver questões que tratam à logística como o desenvolvimento do transporte pelas hidrovias e outros temas ligados ao governo federal. “Um exemplo é a paridade do etanol com a gasolina”. Moka está otimista com o desenvolvimento da tecnologia no agronegócio. “Tenho certeza que Mato Grosso do Sul é a bola da vez”.
Também chamou a atenção para a discussão sobre as demarcações de terras indígenas. “Com o pagamento de indenizações por parte da União, precisamos atender os índios e as famílias que estão nestas terras há três gerações”, salientou o senador.
Moka ainda criticou a situação do país em relação ao desenvolvimento de transgênicos. “O Brasil está atrasado. Se esse problema for resolvido, nosso desenvolvimento de produtividade vem da tecnologia”.
Etanol – O ex-presidente da Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank, mediador do debate, afirmou que falta uma política pública de incentivo para o uso do etanol.
De acordo com Jank, em 19 estados do país se paga mais pelo etanol do que pela gasolina. “Precisa de força política para reverter o mercado interno. O número de carros flex que utilizavam etanol chegou a 80%, hoje são apenas 30%”, explica.
Segundo o ex-presidente da Única, a questão de produtividade está sendo resgatada através da tecnologia com recuperação dos canaviais. Conforme Jank, a política pública agiria com incentivo fiscal e redução de impostos.
Esta é a terceira edição do MS Agro, que adotou o formato de entrevistas como em programas de televisão com a participação do economista José Roberto de Mendonça de Barros, o presidente da empresa Monsanto Brasil, André Dias, do senador Waldemir Moka, do presidente da Famasul, Eduardo Riedel, e de Marcos Jank, ex-presidente da Única.