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Economia

MS registra queda de 22% na quantidade de carne exportada

Mariana Lopes | 24/04/2014 16:58

Mato Grosso do Sul apresentou, em março, queda de 22% nas exportações de carne in natura. Em fevereiro, o Estado havia exportado 15,5 mil toneladas do produto e, no mês passado, a quantidade caiu para 12,1 mil toneladas, de acordo com o Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária de MS.

Contudo, a expectativa do mercado é de que as exportações continuem aquecidas ao longo do ano. "Em relação ao mesmo período do ano passado, quando as negociações sul-mato-grossenses totalizaram 9 mil toneladas, a alta é de quase 34%", ressalta o diretor secretário do Sistema Famasul, Ruy Fachini.

Sobre a queda ocorrida em março, Fachini explica que a valorização do real em relação ao dólar no período analisado, registrando média de R$ 2,3 por dólar, compromete a competitividade do setor.

Outro ponto enfatizado pelo diretor secretário da Famasul é a valorização da carne sul-mato-grossense em relação ao valor praticado em outros países concorrentes. "Durante o mês de março, o preço do boi apresentou média de US$ 51,32 a arroba no Estado, muito mais caro do que na Argentina, onde a arroba valia US$ 32", comenta Fachini.

De acordo com os dados do Departamento Econômico da Famasul, o preço da arroba praticado é 2% maior que a média verificada no Paraguai, de US$ 50,3/@. Entre os países do Mercosul, o único com patamares maiores é o Uruguai, onde a arroba do boi gordo esteve cotada a US$ 52,5 em março.

Um dos pontos positivos para os próximos meses, que influenciam na projeção de consumo de carne, é a realização da Copa do Mundo. "O consumo irá aumentar, não só por causa dos brasileiros, mas também dos turistas, que gastam principalmente com hotelaria e gastronomia", afirma o diretor da Federação.

Outro fator que contribui para a expectativa de aumento no setor é a habilitação de um frigorífico no Estado para exportar carne à Malásia, abrindo, assim mais um caminho estratégico ao mercado de exportação.

Com compras de 6,3 mil toneladas em março deste ano, a Rússia é maior comprador da carne bovina sul-mato-grossense, seguida por Hong Kong, com 2,3 mil toneladas, e o Chile, com 1 mil toneladas.

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