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Economia

Municípios afetados pela chuva buscam solução para amenizar prejuízos

Paula Vitorino e Fabiano Arruda | 15/03/2011 19:10

Reunião discutiu soluções para diminuir os prejuízos com a safra. (Foto: Divulgação)
Reunião discutiu soluções para diminuir os prejuízos com a safra. (Foto: Divulgação)

Representantes dos sindicatos rurais dos municípios atingidos pelas chuvas no Estado estiveram reunidos nesta tarde com a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) para discutir soluções que diminuam os prejuízos com a safra.

A titular da Seprotur, secretária Tereza Cristina, lembrou que as chuvas estão causando prejuízos a outros setores, também. “O estado não está perdendo só com grãos, por exemplo, o estado também está perdendo com a produção de aviários. As estradas estão ruins e não conseguem levar ração para as aves. Existe muito leite também que estragou porque não teve como sair das fazendas por conta das estradas em péssimas condições”.

A colheita da safrinha de milho também preocupa o governo. “Se não parar de chover em 10 dias o milho vai ser plantado numa condição bem inferior”, ressaltou.

Cerca de dez municípios estiveram representados na reunião, que também contou com a presença de técnicos da Seprotur (Secretaria de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo) e do superintendente Estadual do Banco do Brasil, Luiz Alves.

De acordo com o presidente da Famasul, Eduardo Ridel, a estimativa de perdas em todos os municípios ainda é imprecisa, devido às condições climáticas instáveis. Mas a Federação estima que dos 5,4 milhões de toneladas de soja que deveriam ser produzidas, ao menos 1 milhão tenha sido perdido.

Após a reunião, que foi fechada para a imprensa, Ridel reforçou que o papel da Famasul na questão é “política”, no sentido de intermediar e articular a negociação entre os produtores, as empresas que compram os produtos e a classe política.

No entanto, ele fez questão de ressaltar que “a negociação entre produtor e comprador é privada, não temos como exigir ou fixar um preço. Mas o estado tem como fiscalizar essa questão”. A declaração veio após ser questionado sobre a possibilidade das empresas aproveitarem a situação para oferecer um preço menor que o de mercado para a soja.

Também durante a reunião foi negociado o prazo concedido para os produtores quitarem dívidas com créditos que já têm no banco. O superintendente estadual do BB lembrou que o banco irá analisar caso por caso para conceder a prorrogação.

Mas, ainda de acordo com Luis Alvez, a recomendação da direção nacional do BB é a de que o processo de renegociação com os produtores seja facilitado e agilizado.

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