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Economia

Negociação na Expogrande ficou 20% menor do que em 2008

Redação | 06/04/2009 15:48

O balanço final da 71ª Expogrande, divulgado no início da tarde de hoje pelo presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto, mostrou que houve uma diminuição de 20% no volume de negócios em comparação com a exposição do ano passado. As transações não passaram de R$ 116 milhões.

Para Laucídio, esta redução é mais um reflexo da falta de crédito que o mercado vem enfrentando desde o início a crise econômica internacional. "Quem buscava recursos em bancos internacionais não acha. E os bancos nacionais estão muito mais rigorosos para conceder os empréstimos. Isso significa menos dinheiro e mais lentidão", analisa.

Durante os dias do evento, a exposição foi visitada por diretores de dois dos maiores bancos do país, Banco do Brasil e Bradesco. Mas mesmo assim, em nenhuma das conversas se conseguiu flexibilizar as condições de empréstimo para os pecuaristas.

"Hoje em dia os bancos emprestam o mesmo volume do que antes da crise, o que mudou foi o perfil dos clientes. Eles estão emprestando para as grandes empresas, que recorriam a dinheiro no exterior, e deixando de lado os pequenos. Daí a vida fica difícil para os simples mortais", avalia.

Poder - Apenar das notícias ruins, o presidente da Acrissul destaca a influência e importância da Expogrande para o mercado pecuário de Mato Grosso do Sul. Segundo Laucídio, antes do início da exposição, o bezerro era negociado a R$ 400, e durante o evento foi subindo até chegar ao patamar de R$ 620, preço negociado hoje.

"Este é o poder da feira. O gado foi ganhando preço nos leilões o que foi sendo repassado para todo o Estado. Isso faz com que a gente acredite na pecuária. A Acrissul cumpriu sua missão de promover negócios", disse.

O presidente da entidade comentou ainda a visita da presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura) senadora Kátia Abreu, e do ministro Reinhold Stefani (Agricultura).

"Nestes momentos de crise nós temos de nos aproximar das autoridades, o Brasil não pode parar", ressaltou. "Na ocasião, tivemos a oportunidade ouvir o ministro, e de apresentar nossas preocupações", disse, lembrando que não recebeu nenhum sinal de alguma coisa vá mudar a curto prazo.

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