Pecuaristas querem o fim da campanha "Carne Legal"
Ação popular encabeçada por produtores rurais questiona na Justiça a campanha promovida pelo MPF (Ministério Público Federal), que incentiva o consumo de carne apenas procedente de propriedades rurais onde não ocorrem irregularidades como desmatamentos e trabalho escravo.
A campanha Carne Legal foi lançada há um mês, e na avaliação do setor é um ato de generalização."Ela vem trazer discriminação a carne brasileira. Não defendemos as fazendas ilegais, mas do jeito que estão colocando a situação, por causa de alguns, estão punindo todos e a cadeia produtiva da carne", comenta por meio de nota da assessoria o presidente do Fórum de Pecuária de Corte da CNA (Confederação Nacional de Agricultura), Antenor Nogueira.
Nogueira credita o problema como presente em apenas alguns setores do País como a Amazônia e, portanto, sem contorno de abrangência nacional.
Ainda conforme os pecuaristas, o MPF usa dados "não-oficiais, não comprováveis e tem como base a afirmação errônea de que o existe rastreamento de todo o gado brasileiro ou certificação da carne produzida no país".
A CNA quer que os membros do MPF restituam o dinheiro público utilizado na Campanha, com ressarcimento de cerca de R$ 400 mil.
A campanha é realizada pelo MPF em parceria com o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) e a ONG Repórter Brasil. Os anúncios publicitários tem os atores Camila Pitanga e Marcos Winter.