ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEGUNDA  18    CAMPO GRANDE 27º

Economia

Pesquisador alerta sojicultor sobre buva e capim amargoso nas lavouras

Plantio já está liberado, mas na região de Dourados a chuva desta semana impediu as máquinas de entrarem nas roças

Helio de Freitas, de Dourados | 21/09/2018 16:01
Buva e capim amargoso são ameaças para lavouras de soja (Foto: Divulgação)
Buva e capim amargoso são ameaças para lavouras de soja (Foto: Divulgação)

Plantas daninhas podem prejudicar a produção de soja se o produtor rural não tomar os cuidados necessários o quanto antes. O plantio daquela que promete ser a maior safra de todos os tempos em Mato Grosso do Sul está liberado, mas é preciso ter atenção para a buva e o capim amargoso.

José Fernando Grigolli, pesquisador da área de fitossanidade da Fundação MS, afirma que a buva e o capim amargoso são os invasores mais comuns em MS, extremamente agressivos e de difícil controle. Com manejo inadequado, disputam espaço com a soja, o que pode gerar perda significativa de produtividade.

Segundo José Fernando Grigolli, neste ano as plantas daninhas podem surgir junto com o plantio da soja, diferentemente do ano passado, quando algumas propriedades rurais já apresentavam buva instalada antes da semeadura.

Por conta da seca e do inverno muito seco, as plantas estão começando a surgir agora. “Já o capim amargoso está disseminado em praticamente todas as áreas do estado. Como é uma planta que forma touceira, e passa de um ano para o outro, a tendência é que elas continuem nesta safra”, afirma o pesquisador.

Grigolli afirma que para evitar prejuízo, o produtor precisa ficar atento antes de começar o plantio e aplicar herbicidas o quanto antes.

“A sugestão é que o uso dos produtos químicos seja feito quando a buva estiver com altura de 10 a 15 centímetros, e no caso do capim amargoso, com 20 centímetros. Dessa forma, os herbicidas tendem a apresentar eficácia mais elevada, o que reduz o problema de competição com a soja”, orienta o pesquisador.

“Manejar essas plantas daninhas em período de pós-emergência da soja é muito mais difícil, pois não há muitas opções de herbicidas que sejam seletivos a cultura e isso pode causar efeito negativo”, alerta.

Segundo ele, a principal recomendação para o agricultor é semear “no limpo”, fazendo todas as ações possíveis, seja por herbicidas ou métodos culturais, como roçada de plantas daninhas antes de semear a soja. “Plantas como buva e amargoso, são controladas na pré-semeadura da soja, e não em pós-emergência”, explica o pesquisador.

Plantio - Com meta de superar a produção de 10 milhões de toneladas, Mato Grosso do Sul abriu segunda-feira (17) o plantio de soja da safra 2018/2019.

Na safra colhida em 2018, a produtividade da soja foi recorde, atingindo a média de 3.593 kg/ha, aumento de 5,7% em relação ao ano anterior. A produção foi de 9,6 milhões de toneladas, aumento de 11,9% em relação aos 8,5 milhões da safra anterior.

A área disponível para o plantio da oleaginosa subiu 4% nas duas últimas temporadas, saindo de 2,8 milhões para 3 milhões de hectares. A produtividade prevista para esta safra é de 59 sacas por hectare.

Em várias regiões produtoras da Grande Dourados e da fronteira, o plantio teve de ser suspenso nesta semana por causa das chuvas. Em Dourados, foram 45 milímetros de precipitação nesta quinta-feira (20).

 

Nos siga no Google Notícias