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Economia

Produtores colhem 90% de algodão e reclamam de preço de comercialização

Caroline Maldonado | 28/08/2014 21:54
Produtividade é considerada boa (Foto: Divulgação/Ampasul)
Produtividade é considerada boa (Foto: Divulgação/Ampasul)

A colheita do algodão em Mato Grosso do Sul já ultrapassa 90% da área cultivada. Com o preço da arroba da pluma em torno de R$ 54, valor considerado baixo, os produtores pensam em desacelerar a produção a partir do próximo plantio, mas ainda é cedo para estabelecer uma redução, segundo o diretor executivo da Ampasul (Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão), Adão Hoffmann. A Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), por sua vez, estima redução de, pelo menos, 12% no cultivo de 2014/15 em todo o país.

“Muitos produtores não definiram a área de plantio, há uma tendência de pequena redução, mas nesse momento é indefinida em Mato Grosso do Sul”. A arroba de pluma, que já esteve a R$ 70, agora chega a ser comercializada pelo preço mínimo que é R$ 52. "O mercado deu uma pequena reagida nessa última semana, mas muito pouco e alguns produtores já comercializaram abaixo do preço mínimo”, explica.

O mercado não é o único problema, pois o custo da lavoura está muito alto, segundo o diretor executivo da entidade. “Se tivesse um preço que valesse a pena os custos não seriam problema”, explica Adão. Com isso, os produtores de algodão alimentam expectativa de auxílio do governo, por meio de leilões do Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor).

O próximo plantio em Mato Grosso do Sul é previsto para novembro, na região sul e para início de dezembro, na região norte. Conforme a Ampasul, no sul do Estado 60% da área do plantio seguinte já está mapeada por meio de GPS, um sistema de navegação por satélite.

Com a finalização do mapeamento, a Ampasul irá repor, gratuitamente, as armadilhas para bicudos, que foram danificadas no plantio anterior. A entidade recomenda que esses equipamentos sejam instalados em até nove semanas antes do plantio do algodão para que o monitoramento sirva de orientação para as primeiras aplicações de inseticidas.

Produtividade – De acordo com a Ampasul, apesar das dificuldades com o bicudo, principal praga do algodoeiro e das chuvas de julho, que foram acima da média prevista, a produtividade é considerada boa. Para o controle do bicudo, os produtores persistem com aplicação de inseticidas, desfolhantes e implantação de armadilhas, durante o processo de colheita.

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