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Economia

Produtores protestam para mudar subestação em Chapadão

Redação | 09/04/2010 19:58

Produtores donos de terras em Chapadão do Sul organizaram um protesto nesta sexta-feira para solicitar que empreiteiras não instalem uma subestação de energia nas lavouras produtivas da cidade, em virtude da construção da linha de alta tensão que ligará a Usina de Ilha Solteira a Campo Grande.

O linhão passará pela região do Bolsão, divisa entre Mato Grosso do Sul e Goiás, e segundo produtores, inviabiliza lavouras e torna o custo de produção muito mais alto.

De acordo com o agricultor Rudimar Artur Borglt, de 50 anos, que também é presidente do Sindicato Rural de Chapadão, os produtores não são contra a implantação dos linhões, mas contra o local escolhido sua colocação.

Hoje eles acamparam ao lado do local onde poderá ser implantada a subestação. Os produtores fizeram carreata com 400 veículos no centro da cidade.

"Essa área possui 75 mil hectares de soja, 31 mil de milho, 12 mil de algodão, 18 mil de sorgo, além de plantações de nabo, girassol, feijão e trigo", enfatizou Rudimar.

No município a subestação atravessa as lavouras, com riscos de acidentes em cabos, encanamentos agrícolas e com aeronaves que pulverizam a agricultura. A ideia é deslocar a linha para um raio aproximado de 10 quilômetros do local onde está definida a implantação.

Na próxima quinta-feira (15), as empreiteiras LT Itathin Ltda e o Grupo Cobra irão se reunir com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para discutir uma mudança da subestação. "Só numa propriedade, por exemplo, deverão ser instalados 47 postes de energia e com isso os proprietários que ficam ao redor, não poderão mais utilizar algumas partes da lavoura, que ficarão inviabilizadas".

A decisão sobre discussões em torno da mudança no projeto original foi tomada anteontem, um dia após o Senado discutir o assunto em audiência pública convocada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, presidida pelo senador Valter Pereira (PMDB), com a participação dos senadores Delcídio do Amaral (PT/MS) e Marisa Serrano (PSDB).

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