Rota Integração vai a Cochabamba, após problemas em alfândega boliviana
Integrantes da “Expedição Rota da Integração - Unindo Povos, Ligando Oceanos” chegam, neste domingo (29), a Cochabamba na Bolívia, após enfrentarem o excesso de burocracia para entrar no país vizinho.
No sábado (28), a caravana composta por 90 pessoas a bordo de 28 picapes Volkswagen Amarok, esperou por mais de três horas na alfândega boliviana para liberação dos veículos.
Solucionado o problema, o grupo percorreu 600 quilômetros rumo a Santa Cruz de La Sierra. No local, foram recebidos pelo vice-presidente da Câmara da Indústria e Comercio de Santa Cruz, Jorge Artieda, e participaram da Expocruz, uma das maiores feiras agropecuárias da América Latina.
“Essa viagem é muito importante, já que nos insere em uma grande rota de transporte de cargas brasileiras. A grande maioria dos produtos agrícolas, principalmente as máquinas, vem do Brasil”, ressaltou Jorge Artieda sobre o valor da expedição.
Já neste domingo, o grupo deve ser recebido em Cochabamba por autoridades e empresários locais.
No meio do caminho - De acordo com organizador da expedição e presidente do SetLog-MS (Sindicato das Empresas de Transporte e Logística de Mato Grosso do Sul), Cláudio Cavol, o asfalto encontrado durante o percurso foi bem superior aos que se encontram no Brasil, mesmo se tratando de pistas de mão dupla.
“O problema é que há muitos animais soltos nas margens da rodovia, colocando em risco os motoristas. Também constatamos que faltam postos de paradas. Viajamos mais de 400 quilômetros até encontrar o primeiro, que ainda assim, não apresentava condições de nos receber”, relata Cláudio.
Os carros também tiveram que ser abastecidos com os galões reseva de diesel S10, menos poluente, uma vez que o combustível não está disponível em solo boliviano.
Expedição – A “Expedição Rota da Integração - Unindo Povos, Ligando Oceanos” tem por objetivo encontrar uma rota alternativa de escoamento da produção sul-mato-grossense pelos portos chilenos, encurtando distâncias para atender o mercado asiático através do Oceano Pacífico.