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Economia

Sem conseguir vender, agricultores destróem 25 mil pés de alface

Luciana Brazil | 11/08/2014 09:28
Produtor tritura parte da plantação. (Foto: Região News)
Produtor tritura parte da plantação. (Foto: Região News)

Pequenos produtores do Assentamento Eldorado, localizado em Sidrolândia, a 71 km de Campo Grande, estão enfrentado problemas para comercializar alface na região. No caso mais grave, sem ter para quem vender, o produtor se viu obrigado a triturar 25 mil pés. O excesso de produção neste período de inverno, pode ter deixado, só nos últimos 40 dias, 40 mil pés de alface fora do mercado, segundo estimativa levantada pelo site Região News. O faturamento perdido por chegar a R$ 40 mil.

O alface se adapta melhor a baixas temperaturas, por isso sua produção cresce no período do inverno, explicou ao Campo Grande News o instrutor do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem) e técnico agrícola, Antônio Minari. "Neste período, muitas vezes os produtores perdem mesmo. A quantidade de oferta é grande". Entre outubro e março, quando as temperaturas começam a subir, a produção diminui e o preço começa a subir, explica Minari.

Em Eldorado, o desespero levou o assentado Fábio Lopes, a abandonar o lote de 8,2 hectares, arrendado. Os 30 mil pés plantados em 1,5 hectares renderiam um faturamento bruto de R$ 25 mil, mas sem vender o lucro não veio. Fábio abandonou a plantação, mas antes doou 1,5 mil pés de alface para a prefeitura do município que foram distribuídos à entidades filantrópicas. Outros 10,8 mil pés ficaram à disposição para serem colhidos. Fábio se mudou para Paranatinga, a 375 quilômetros de Cuiabá.

“Ele cansou de trabalhar muito, produzir e não ter para quem vender”, disse ao site Região News, o irmão de Fábio, Dilson Lopes.

Sidrolândia- De acordo com o site Região News, praticamente toda a produção de folhas e legumes dos assentamentos da cidade são vendidos em Campo Grande. Isso acontece porque os supermercados preferem se abastecer na Ceasa (Central de Abastecimento de Mato Grosso do Sul) instalado na Capital. Uma pequena escala do que é produzido fica em Sidrolândia, sendo vendida à merenda escolar e na feira realizada aos sábados.

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