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Economia

Setor avícola pode iniciar demissões em março

Redação | 27/01/2009 08:14

Afetado por um conjunto de fatores, que passa principalmente pela crise internacional, o setor de avicultura vive um momento delicado e em âmbito nacional já ocorrem demissões em massa. Em Mato Grosso do Sul, a previsão, se o cenário não se reverter, é que ocorram demissões progressivas, a partir de março.

A informação é do presidente da Associação Sul-mato-grossense dos Avicultores, Albenah Garcia Filho. Ele explica que a falta de crédito para exportação, combinada com as dúvidas sobre a extensão dos efeitos da crise e o fato de os principais compradores internacionais serem dependentes do petróleo, que sofreu forte desvalorização, causaram um baque nas exportações.

Outro problema diz respeito ao porto de Itajaí (SC), que sofreu assoreamento, por conta das chuvas, comprometendo a capacidade de carregamento e descarregamento. O porto é o principal usado para escoamento da carne de aves. "Além disso, no hemisfério norte é inverno e se compra menos", acrescenta.

Segundo Garcia, com as exportações afetadas muitas empresas direcionaram um volume maior ao mercado interno, o que derrubou o preço. Tomando como exemplo Mato Grosso do Sul ele diz que hoje o quilo é entregue entre R$ 2,10 e R$ 2,20, para os supermercados, quando em outubro o preço era de R$ 3,00.

A queda nas exportações e, por conseqüência, na produção é mensurada pelo alojamento de pintos. No País, em outubro, eram 480 milhões de aves alojadas e caiu a 435 milhões em novembro. Já em dezembro, por conta do consumo de Natal, ficou em 440 milhões e a tendência é que neste mês o número se iguale, na melhor das hipóteses.

Em Mato Grosso do Sul a primeira empresa a manifestar dificuldades foi a Diplomata, em Campo Grande. O grupo, antigo Frangovit, abatia um volume expressivo de aves

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