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Capital

Após morte de ciclista, moradores pedem semáforos no cruzamento do São Conrado

Filipe Prado | 08/04/2014 19:27
Algumas pessoas levaram cartazes pedindo semáforos para o cruzamento (Foto: Cleber Gellio)
Algumas pessoas levaram cartazes pedindo semáforos para o cruzamento (Foto: Cleber Gellio)

Após o acidente que matou a ciclista Raquel Vieira de Oliveira, 17 anos, os moradores do Bairro São Conrado, indignados com a situação, fizeram um “mini protesto” contra o número de acidentes na região. No local só há uma placa de Pare, com isso eles pediram um semáforo no cruzamento das ruas Praia Grande e Leão Zardo.

“Esta é a terceira morte em três anos, além dos acidentes que acontecem toda a semana”, contou o líder comunitário Luiz Coronel, 48 anos. Ele afirmou que os motoristas se confundem com a falta de sinalização e atravessar à preferencial.

Com alguns cartazes em mãos, os manifestantes pediram a criação de sinalizações horizontais e verticais. A dona de casa Suelen Pereira, 21, relatou que muitos ciclistas e motoristas descem a rua Leão Zardo em alta velocidade. “Eles passam correndo aqui. Quem não conhece o cruzamento, não sabe qual é a preferencial”, disse.

O cruzamento fica próximo ao Ceinf (Centro de Educação Infantil) Irmã Judith Bandeira, o que causa mais insegurança para os moradores. “Eu estou há quatro meses morando aqui na região e já vi muita coisa. Eu fico preocupada por conta do Ceinf e da escola que tem aqui perto. Os piores horários são na entrada e saída da escola”, revelou a comerciante Ana Ramos Silva, 47.

Adrieli Hevi de Melo Vaz, 21 anos, presenciou o acidente que matou a adolescente e ficou indignada. “Aqui precisa de um semáforo urgente. Estou horrorizada”, contou. Adrieli também é uma vítima de acidente de trânsito. No dia 31 de dezembro de 2011, ela esperava um táxi na calçada da rua Brilhante, quando foi atropelada por um carro desgovernado.

“Eu sei o que acontece quando alguém se acidenta. Peguei um trauma. Quando a pessoa está viva, tem remédio, mas quando a pessoa morre, não há remédio que cure a família. E eu sofro junto”, comentou Adrieli.

Acidente - Conforme a capitã Geisa Maria, do Corpo de Bombeiros, a ciclista, descia pela Rua Leão Zardo e não parou no cruzamento, quando foi atingida pelo caminhão caçamba, que trafegava no sentido centro-bairro da Rua Leão Zardo.

Segundo os bombeiros, a jovem sofreu polifraturas e traumatismo craniano e morreu antes de ser encaminhada ao hospital.

O pai da vítima, o pedreiro Jorge Gomes de Oliveira, 48, chegou ao local do acidente e não reconheceu a filha. A jovem foi reconhecida pelo irmão, que chegou ao local e ficou muito abalado com a tragédia.

O motorista do caminhão não ficou no local do acidente. O proprietário do veículo, Evaldo Duek, 53, compareceu ao local. Ele informou que o funcionário chamou o Corpo de Bombeiros e só deixou o caminhão porque houve a aglomeração de muita gente e ficou com medo de ser agredido. Duek não quis informar o nome do condutor, mas destacou que ele estava em uma casa próxima a disposição das autoridades de trânsito.

Os moradores relataram que há cerca de um acidente por semana no local (Foto: Cleber Gellio)
Os moradores relataram que há cerca de um acidente por semana no local (Foto: Cleber Gellio)
Raquel morreu após ser atropelada por um caminhão caçamba (Foto: Cleber Gellio)
Raquel morreu após ser atropelada por um caminhão caçamba (Foto: Cleber Gellio)
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