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Capital

Audiência pública discute criação de plano municipal de ciclovias na Capital

Nyelder Rodrigues e Mariana Lopes | 18/04/2012 08:51

A intenção é criar um plano onde a implantação das ciclovias seja feita de forma organizada

Audiência reuniu autoridades para debater sobre a implantação das ciclovias (Foto: João Garrigó)
Audiência reuniu autoridades para debater sobre a implantação das ciclovias (Foto: João Garrigó)

A implantação de ciclovias foi debatida em audiência pública realizada na noite dessa terça-feira (17), na Câmara Municipal de Campo Grande. A discussão foi organizada pela Comissão Permanente de Cidadania e Direitos Humanos da Câmara.

Durante a audiência foi apresentada a ideia da criação de um plano municipal de ciclovias, que vai avaliar quesitos como segurança e saúde para os usuários, além de questões ambientais e de geração de empregos.

Para o assessor de gabinete da área de meio ambiente do vereador Athayde Nery (PPS), Alex Walber, a grande falha das ciclovias existentes na cidade é que elas não estão interligadas.

“Na Afonso Pena temos dois pedaços com ciclovias. Uma nos altos da avenida e outra já do outro lado da cidade. A avenida foi toda recapeada e não implantaram ciclovia em toda ela. Não houve preocupação com isso”, avalia Alex Walber.

Ainda conforme o assessor de gabinete, é necessária que sejam implantadas ciclovias nas principais avenidas de Campo Grande, como a própria Afonso Pena, a Mato Grosso, a Ceará, Ernesto Geisel, Fernando Correa da Costa, e outros que dão acesso à periferia da Capital e são rotas de saídas da cidade.

A intenção na elaboração do plano municipal de ciclovias é a de organizar a implantação as mesmas, evitando que elas fiquem aleatórias, sem interligações. Outra proposta é que sejam criados “bicicletários”, locais onde os ciclistas vão poder guardar suas bicicletas enquanto vão à locais específicos próximos aos bicicletários.

Agetran - entre os convidados para o debate estava o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Rudel Trindade. Conforme Rudel, o plano deve ser coordenado pela Planurb, ficando à cargo da Agetran apenas a execução.

Para ele, é importante que novas alternativas sejam criadas, sem que outros meios sejam esquecidos. “A cidade tem que favorecer todos os veículos e meios de transporte”, comenta Rudel.

Entretanto, ele aposta em uma política de desincentivo ao uso dos carros, buscando mais adeptos para as bicicletas. “Pode ser que não diminua o fluxo, mas isso é uma opção de dar ao cidadão um veículo mais saudável”, opina o diretor-presidente da Agetran.

Além de Rudel Trindade, também participou da discussão o secretário de Estado de Habitação e das Cidades, Carlos Marun, além de representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) e Ministério Público Estadual (MPE).

Opção - quanto à possibilidade de ser uma “nova velha” opção de transporte em Campo Grande, as bicicletas são aprovadas pelo servidor público Márcio Costa, de 34 anos.

Segundo Márcio, ele é usuário das ciclovias que existem na cidade. Porém, o uso é feito apenas em momentos de lazer. “Para ir ao trabalho, não há como ele cuidar da higiene pessoal quando chega ao local, sem contar que como não há interligação, tendo que atravessar pontos perigosos da cidade”, explica.

Ele também reclama que em muitos locais quem não ande bem vestido, usando calça e camisa, seja visto com desconfiança. “Falta consciência de que uma pessoa que esteja de short, por exemplo, possa entrar tranquilamente em um local”, declara.

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