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Capital

Bloqueio de ruas na região do Cabaça causa tumulto diário na Spipe Calarge

Ricardo Campos Jr. | 15/03/2011 12:24

Fila quilométrica de carros se forma até a esquina com a Zahran

Motoristas enfrentam congestionamentos para chegar à via arterial. (Foto: João Garrigó)
Motoristas enfrentam congestionamentos para chegar à via arterial. (Foto: João Garrigó)

Durante os horários de pico, uma fila quilométrica de veículos se forma ao longo da rua Spipe Calarge, deixando o trânsito até a avenida Eduardo Elias Zahran tumultuado e lento. Isto porque a abertura do parque linear do Cabaça bloqueou ruas que iam direto dos bairros para a via arterial.

O taxista Manoel Dageno da Cruz, 54 anos, trabalha em um ponto quase no cruzamento da Spipe com a Zahran e conhece bem a região. Para evitar o congestionamento ele opta por trafegar pelas ruas menores e estreitas, dentro dos bairros. “Às vezes você anda de dois a três quilômetros a mais para chegar até aqui”.

No entanto, segundo ele, dependendo do destino, não há outra opção e são várias as regiões que tiveram o trânsito alterado por causa dos bloqueios. “Rita Vieira, Coopharadio, Albuquerque, Rouxinóis, caiu tudo aqui. O semáforo fecha e abre três vezes e você ainda fica parado”, reclama o taxista.

Uma das ruas que ajudavam a escoar o trânsito da Spipe era a Planalto, no bairro Vilas Boas. Se não tivesse sido bloqueada após a construção do parque linear daria na Zahran. Agora, os moradores pegam a avenida Fábio Zahran, ao longo do parque, e seguem até a Spipe ou contornam pelo bairro até a Costa e Silva.

A dona de casa Terezinha Ferreira de Jesus, 69 anos, comenta que a rua Planalto, pouco antes da avenida recém aberta, ficou “morta”. “Isso aqui era linha de ônibus, que agora estão tendo que dar a volta. Antes ele parava em frente da minha casa. Minha filha pegava essa rua e saía certinho no trabalho. Agora tem que fazer a volta”, conta a moradora.

O caminhoneiro Reginaldo Nunes dos Santos, 40 anos, filho de Dona Terezinha, diz que não há escolha, principalmente nos horários de pico. “Ficou muito ruim. Ou sai antes do horário de pico ou você enfrenta”, reclama.

A dona de casa Roseni Silva Ramos, 44 anos, mora na esquina da Planalto com a avenida ao longo do parque linear. Ela diz que a falta de acesso é ruim, mas para abrir novamente o acesso seria necessário um semáforo para evitar acidentes. “Se não fica muito perigoso”, comenta.

Rua Planalto, que antes dava acesso direto à Zahran, foi bloqueada pelo parque linear. (Foto: João Garrigó)
Rua Planalto, que antes dava acesso direto à Zahran, foi bloqueada pelo parque linear. (Foto: João Garrigó)

Piora - Por ser uma avenida estreita e movimentada, a Zahran é cenário de constantes acidentes. Pela manhã um ônibus, ao fazer a curva na esquina com a Spipe Calarge, atingiu um poste e permaneceu durante algum tempo bloqueando a via.

O trânsito no local ficou bastante confuso. Os motoristas que seguiam pela avenida no sentido bairro-centro e se deparavam com a interdição, tinham que usar a Spipe Calarge para acessar as ruas menores do bairro Jardim TV Morena.

Quem vinha pela Spipe tinha como única opção o sentido centro-bairro da Zahran, tornando o caminho um pouco mais longo para alguns motoristas.

“As ruas secundárias ficaram intransitáveis, mas aqui é assim mesmo: o fluxo de veículos é grande. Se acontece um acidente na Zahran trava tudo”, explica o taxista Luiz Antônio Ramos Ferreira, 38 anos.

Paciência e adaptação - Para o diretor de trânsito da Agetran Janine de Lima Bruno, os motoristas precisam entender que alterações no trânsito são feitas para facilitar o fluxo em vias maiores ou para garantir a segurança dos condutores, impendido-os de cometerem infrações.

No caso da Fábio Zahran, segundo Janine, houve melhora no trânsito da região. “Quando você projeta uma avenida maior, às vezes é obrigado a fazer um canteiro um pouco mais longo e bloquear uma via secundária para dar uma fluidez em uma via com transito maior. Senão tem muito cruzamento”, diz o diretor.

Na opinião dele o motorista também precisa ser compreensivo. “Às vezes você perde um minuto para andar cem metros e procurar um retorno”, comenta.

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