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Capital

Cai número de condutores que admite dirigir após consumir bebida alcoólica

Fernanda Mathias | 19/06/2016 16:17
Agravamento da punição é apontado como fator preponderante para redução do número de condutores que bebem e dirigem (Foto:Arquivo)
Agravamento da punição é apontado como fator preponderante para redução do número de condutores que bebem e dirigem (Foto:Arquivo)

Diminuiu em 31,5% o número de condutores que admitem dirigir depois de consumir bebidas alcoólicas em Campo Grande, conforme pesquisa do Ministério da Saúde. Em 2012, ano em que começou a tolerância zero da Lei Seca, o índice era de 11,1% e caiu a 7,6% em 2015. A queda foi maior que a registrada em âmbito nacional, de 21,5%. Ainda assim, a Capital de Mato Grosso do Sul tem um índice de maior de pessoas dirigindo sob efeito de álcool – a média nacional de 5,5%.

No recorte por gênero, a parcela de homem que assume cometer a infração é maior, 13,7%, frente a 2,1% das condutoras de Campo Grande. A queda ocorrida nos últimos anos é atribuída ao maior rigor da Lei Seca, que enrijeceu as punições a quem é flagrado dirigindo após consumir bebidas alcoólicas ou que se envolve em acidente nesta condição.

Entre as capitais brasileiras, quatro se destacaram com queda superior a 50% nos últimos três anos: Fortaleza (54,1%), Maceió (53,2%), João Pessoa (51,4%) e Vitória (50,7%). Algumas capitais, contudo, apresentaram aumento do número de adultos que referiram assumir o volante após consumir qualquer quantidade de álcool: Cuiabá e Boa Vista apresentaram alta de 15,8% e 13,2%, respectivamente, desde 2012.

A prevalência maior da infração é entre pessoas de 25 a 34 e quanto maior o grau de instrução, maior é o número de pessoas que assumem o risco. Os dados integram a Vigitel 2015 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) que realizou mais de 54 mil entrevistas nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal. O levantamento é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde.

Lei Seca - Em 2016, a lei seca completa 8 anos de vigência. Além de mudar os hábitos dos brasileiros, a lei trouxe um maior rigor na punição e no bolso de quem a desobedece. Com o passar dos anos, a lei passou por mudanças e ficou mais severa com o objetivo de aumentar a conscientização de não se misturar a bebida com direção. Atualmente o condutor que ingerir qualquer quantidade de bebida alcoólica e for submetido à fiscalização de trânsito está sujeito a multa no valor de R$ 1.915,40 e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Em caso de reincidência, o valor da multa é dobrado.

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