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Capital

Capotagem de Gol matou homem que desistiu de moto após acidente

Edivaldo Bitencourt e Daniel Machado | 04/01/2015 09:49
Familiares e amigos velam corpo de moto-entregador na Capital (Foto: Marcelo Calazans)
Familiares e amigos velam corpo de moto-entregador na Capital (Foto: Marcelo Calazans)

Morto na capotagem do veículo Gol, no início da tarde de ontem, o moto-entregador Aldo Mariano, 41 anos, tinha acabado de se recuperar de um acidente de moto, sofrido há um ano e meio. A tragédia interrompeu dois sonhos do motorista: nunca mais pilotar motocicleta e iniciar uma nova vida no Pará.

Por volta das 13h de ontem, na Avenida Nasri Siufi, no Portal Caiobá, na saída para Sidrolândia, Mariano sentiu uma forte dor no peito, deu um grito, tirou as duas mãos do volante e perdeu controle do Gol, que capotou e bateu em um poste de iluminação. Ele morreu no local e um casal ficou ferido.

A morte torna o mês de janeiro trágico para a família Mariano. Há 13 anos, o irmão de Aldo, o cabo da Base Aérea, José Luiz Mariano, 36 anos, na época, foi morto a tiros dentro de casa. A mulher dele foi condenada e cumpriu pena pelo assassinato.

“O mês de janeiro vai ficar na história da família como um mês trágico”, lamentou-se a irmã, Maria de Lourdes Mariano, 47. A morte de José Luiz ocorreu no dia 9 de janeiro de 2002. A de Aldo, no dia 3 deste ano.

O acidente de ontem também pôs fim ao sonho de Aldo Mariano trocar de profissão. Há 18 meses, ele sofreu um acidente de moto e ficou um longo período de cama e fazendo tratamento médico. Segundo Maria de Lourdes, ele ficou traumatizado e prometeu que nunca mais voltaria a pilotar uma motocicleta.

Por anos, Aldo Mariano trabalhou como moto-entregador de remédios. Com o fim do tratamento, ele iria retornar ao antigo trabalho amanhã para pedir as contas.

Solteiro e sem filhos, ele tinha decidido ir embora para o Pará, onde iria iniciar uma nova vida na empresa do primo, Carlos Alberto, que estava de férias na Capital e o convenceu a mudar de cidade. “Até brinquei com ele, que poderia arrumar uma índia bonita lá”, contou o homem, abalado pela tragédia.

Familiares e amigos contavam que Aldo era um homem pé no chão e gente boa. “Não arrumava confusão com ninguém e queria começar uma vida nova”, contou Maria de Lourdes.

Para Francisco Lúcio Alves, 46, ele sofreu um infarto fulminante no momento do acidente. “Era gordinho e a família tem histórico de problemas cardíacos”, destacou.

Segundo familiares, ele vinha reclamando de dores no peito há dias. Ontem, antes de perder o controle do carro, Aldo Mariano sentiu uma forte dor no peito e tirou as mãos do volante. Ele deu um grito e colocou as mãos no peito, quando ocorreu a perda do veículo e a capotagem.

O corpo está sendo velado na Pax Nipon da Rua 13 de Maio, no Bairro São Francisco. O sepultamento vai ocorrer às 14h30 no Cemitério Memorial Park. Aldo é a primeira vítima de acidente de trânsito deste ano na Capital.

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