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Capital

Com grandes projetos parados, mudar de rota pode ser solução no trânsito

“São pequenas intervenções, quase que franciscanas, que dão resultados”, diz diretor da Agetran

Aline dos Santos | 29/03/2016 13:07
Em horário de pico, rotatória da Mato Grosso tem congestionamento. Dinheiro para obra está em caixa desde junho de 2014. (Foto: Marcos Ermínio)
Em horário de pico, rotatória da Mato Grosso tem congestionamento. Dinheiro para obra está em caixa desde junho de 2014. (Foto: Marcos Ermínio)
"Na maior parte do tempo, aqui é complicado", diz Tiago sobre rotatória na Mato Grosso.  (Foto: Marcos Ermínio)
"Na maior parte do tempo, aqui é complicado", diz Tiago sobre rotatória na Mato Grosso. (Foto: Marcos Ermínio)

Com os grandes projetos de reordenamento viário presos no papel, a opção para os campo-grandenses pode ser mudar de rota no trânsito. A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) prepara uma plano para oferecer vias alternativas aos pontos em que o fluxo de veículos estrangulou.

“Estamos fazendo o plano de oferecer vias alternativas às pessoas. É um plano embrionário e que nunca foi feito. A sinalização de orientação não existe”, afirma o diretor-presidente da agência, Elidio Pinheiro Filho.

A ideia é usar sinalização e campanhas educativas para que o motorista deixe de fazer “tudo sempre igual”. Segundo o diretor, é preciso aproveitar o fato de a cidade ter muitas ruas. No caso da Ceará, por exemplo, será sugerida a Alagoas como opção alternativa.

“Campo Grande tem muitas ruas e é muito mais barato do que fazer túnel ou viaduto. São pequenas intervenções, quase que franciscanas, que dão resultados”, salienta Elídio. Ele explica que o planejamento viário segue uma sequência.

Primeiro, vale a regra do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), no cruzamento sem sinalização, a preferência é de quem vem pela direita. Quando o fluxo aumenta, são instaladas sinalização vertical e horizontal, para organizar o fluxo. Na sequência, o cruzamento ganha semáforo ou é substituído por rotatória.

“Se começa a engarrafar, congestionar, qual a opção depois disso tudo? Diferenciar os níveis”, explica o diretor da Agetran.

Mas é aí que a administração pública trava. Desde 2012 a prefeitura de Campo Grande tem o plano de fazer um viaduto na confluência das avenidas Interlagos e Gury Marques, mais conhecida como rotatória da Coca-Cola.

Prolongamento que dá acesso a Mato Grosso fica fechado por manilhas à espera de reordenamento. (Foto: Marcos Ermínio)
Prolongamento que dá acesso a Mato Grosso fica fechado por manilhas à espera de reordenamento. (Foto: Marcos Ermínio)
Para Letícia, já passou da hora da Mato Grosso receber melhorias. (Foto: Marcos Ermínio)
Para Letícia, já passou da hora da Mato Grosso receber melhorias. (Foto: Marcos Ermínio)

O cruzamento é o principal acesso aos bairros situados na saída para São Paulo e registra congestionamento nos horários de pico. O projeto integra o PAC da Mobilidade Urbana (Programa de Aceleração do Crescimento), mas, em janeiro deste ano, estava imóvel.

A verba para execução estava parada na Caixa Econômica Federal. A obra já chegou a ser orçada em R$ 31 milhões, com prazo de execução de 18 meses.

Dinheiro em caixa - Outra aspiração de longa data é trocar a saturada rotatória das avenidas Via Parque com a Mato Grosso por um reordenamento viário. O dinheiro está em caixa, mas o projeto também não sai do papel. O recurso de R$ 1,3 milhão foi repassado pelo Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito) em junho de 2014.

De acordo com o diretor-presidente do Detran, Gerson Claro, foi feito aditivo de 180 dias. “Nosso objetivo é fazer a obra e não pegar o dinheiro”, diz. Segundo ele, o novo prazo termina em meados de 2016.

Até junho de 2015, antes da mudança de prefeito e de secretários, foi feita licitação para executar projeto com instalação de dez semáforos, área de estacionamento na rua Antônio Maria Coelho e abertura de pista adicional nos dois sentidos da avenida Mato Grosso. A rotatória foi dimensionada para 600 veículos por hora, porém, é ponto de passagem para mais de mil carros por hora.

Nesta terça-feira (dia 29), por volta das 12h, um dos horários de pico, os carros travavam na avenida Mato Grosso, sentido Parque dos Poderes ao Centro. “Na maior parte do tempo, aqui é complicado”, afirma Tiago Pereira da Silva, um dos muitos condutores que enfrentavam fila para se aproximar da rotatória com a Via Parque.

“É horrível, já passou da hora de eles arrumarem. No horário de almoço, no final da tarde, é horrível para a gente. Não tem condições”, afirma Letícia Xavier.

Sem o reordenamento, acesso de 300 metros à rua Antonio Teodorowick, no Carandá Bosque, está fechado por nove manilhas desde julho de 2014.

Conforme a assessoria de imprensa da prefeitura, não há previsão de quando serão executadas as obras do viaduto na Interlagos e nem o reordenamento viário na Mato Grosso. Campo Grande tem frota de 520.883 veículos.

Imagem mostra projeção de viaduto na Interlagos. Obra é planejada desde 2012.
Imagem mostra projeção de viaduto na Interlagos. Obra é planejada desde 2012.

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