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Capital

Com nova estatística, número de mortes no trânsito da Capital assusta

Aline dos Santos | 25/05/2011 11:32

A tragédia urbana já levou 11 vidas neste mês

Mulher de 60 anos morreu no hospital após ser atropelada na Afonso Pena. (Foto: João Garrigó)
Mulher de 60 anos morreu no hospital após ser atropelada na Afonso Pena. (Foto: João Garrigó)

No mês em que foi inaugurado um placar para celebrar a vida, é o número de mortes que chama atenção no trânsito de Campo Grande. A tragédia urbana já levou 11 vidas e não faz distinção: morreram criança, adolescentes, jovens, adultos e idosos.

Até meados deste mês, as estatísticas oficiais da violência no trânsito contabilizavam somente mortes no local. Agora, para se chegar ao retrato real também entra no cálculo vítimas que falecerem até 30 dias após o acidente.

Neste mês, foram quatro mortes de vítimas que chegaram a ser internadas na Santa Casa, mas não resistiram. Uma delas foi Irotildes Floriano da Silva, de 60 anos. Ela foi atropelada no dia 19 na avenida Afonso Pena, em frente ao Shopping Campo Grande. A mulher morreu no hospital.

De acordo com a chefe de Divisão de Educação da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Ivanise Rotta, era de se esperar que a nova estatística trouxesse uma realidade ainda mais assustadora.

A média em anos anteriores, quando só se contabilizava morte no local, era de cinco óbitos durante o mês de maio em Campo Grande. A nova estatística segue orientação da OMS (Organização Mundial de Saúde) e prevê que sejam traçadas ações para preservar vidas.

Estrela no asfalto quer sinaliza vida perdida no trânsito. (Foto: João Garrigó)
Estrela no asfalto quer sinaliza vida perdida no trânsito. (Foto: João Garrigó)

Chão de estrelas – O adolescente Douglas, o senhor Osvaldo, a dona Irotildes, a menina Kauanny, o jovem Anderson. Mortos no trânsito, eles vão virar estrela dourada no asfalto cinzento de Campo Grande.

De caráter simbólico, a iniciativa da Agetran pretende sensibilizar motoristas, motociclistas e pedestres. “É para sensibilizar a pessoa. Para saber que no caminho dela, uma vida se perdeu. Que isso traga uma reflexão, que ela tome mais cuidado”, salienta Ivanise. No ano passado, 55 pessoas morreram no local do acidente em Campo Grande.

Para o órgão de trânsito, o grande desafio é que o motorista coloque o pé no freio. Conforme Ivanise Rotta, a maioria dos acidentes com morte envolve excesso de velocidade.

Ela lembra que a velocidade máxima permitida no perímetro urbano é de 60km/h. Porém, a informação não parece ser de domínio público. “Tem gente que reclama que foi multado na Afonso Pena, mas que estava em velocidade de passeio, a 80km/h, 100km/h”.

Inaugurado no último dia 11, o Placar da Vida marca os dias sem morte no trânsito de Campo Grande e faz parte do projeto mundial “Década de Ação pela Segurança Viária”.

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