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Capital

‘Ele não socorreu a criança’, desabafa pai de advogada morta em acidente

Segundo informações do BPTran, o motorista da caminhonete seguia em torno de 160 km/h

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 02/11/2017 09:42
Carolina posa para foto em momento de lazer (Foto: reprodução/Facebook)
Carolina posa para foto em momento de lazer (Foto: reprodução/Facebook)

“O motorista não teve capacidade de prestar socorro a uma criança”. O desabafo é do engenheiro Lázaro Barbosa Machado, 63 anos, pai da advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, que morreu após ter o carro que conduzia atingido por uma caminhonete em alta velocidade.

O filho dela, de 3 anos e 8 meses, que seguia na cadeirinha no banco traseiro fraturou a clavícula. Após a batida, o condutor envolvido no acidente fugiu sem prestar socorro.

O acidente aconteceu por volta da meia-noite e meia desta quinta-feira (2), na Avenida Afonso Pena, no Bairro Chácara Cachoeira, próximo ao Shopping Campo Grande.

Hoje de manhã na delegacia, onde o acidente foi registrado, Lázaro contou que a filha dele morreu no local. “Ela teve traumatismo craniano. A família está indignada. O cara não teve capacidade de prestar socorro. O bebê só sobreviveu porque estava na cadeirinha”, diz. A criança foi socorrida e levada à Santa Casa, onde recebe atendimento médico. A assessoria de imprensa da unidade informou que o paciente está estável, consciente e orientado. 

A jovem, segundo o pai, saía da casa das amigas quando aconteceu o acidente. “Ela tinha uma vida inteira pela frente”, lamenta. Segundo Lázaro, a filha se formou em Direto há pouco tempo. Foi aprovada no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em junho e, no último domingo fez a prova do concurso público do Tribunal de Justiça. Ainda não há informação sobre o local do velório. 

Caminhonete tombou após a colisão  (Foto: Direto das Ruas)
Caminhonete tombou após a colisão (Foto: Direto das Ruas)
Carro que Carolina seguia com o filho no banco de trás ficou com a lateral destruída (Foto: Direto das Ruas)
Carro que Carolina seguia com o filho no banco de trás ficou com a lateral destruída (Foto: Direto das Ruas)

Caso - Conforme boletim de ocorrência, testemunhas relataram que a vítima conduzia um veículo Volkswagen Fox e tinha como passageiro o filho de 3 anos e oito meses, quando foi atingida por uma caminhonete Nissan Frontier, conduzida por João Pedro da Silva Miranda Jorge, 23 anos, que seguia junto com o irmão, João Victor Miranda Jorge, 21 anos.

Segundo informações do BPTran (Batalhão de Polícia Militar de Trânsito), o condutor da caminhonete trafegava ao sentido Centro em torno de 160 km/h e bateu na lateral do veículo Fox, que, segundo as primeiras informações, teria furado o sinal vermelho para entrar na Avenida Paulo Coelho Machado. O carro de passeio parou a 110 metros do ponto da colisão.

Após o acidente, João Pedro fugiu a pé. Carolina morreu no local. A criança quebrou a clavícula. Já João Victor, que sofreu ferimento leve, foi levado para o Prontomed da Santa Casa e liberado em seguida.  

Ainda conforme relatos de testemunhas, o autor apresentava sinais de embriaguez. Ele conseguiu sair da caminhonete antes do socorro chegar e após falar ao celular disse que seu pai havia o mandado fugir para não ser preso. Até o fechamento deste texto, o rapaz ainda não havia se apresentado à polícia. O caso foi registrado como homicídio na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro. 

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