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Capital

Em diferentes pontos da cidade, sobra caos e falta quem vigie o trânsito

Nicholas Vasconcelos | 22/08/2012 16:35
O congestionamento na rua Joaquim Murtinho acontece, algums vezes por dia, principalmente em frente do ponto de integração de ônibus. (Foto: Rodrigo Pazinato)
O congestionamento na rua Joaquim Murtinho acontece, algums vezes por dia, principalmente em frente do ponto de integração de ônibus. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Na rotatória das ruas Ceará com a Joaquim Murtinho o trânsito é lento e falta fiscalização. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Na rotatória das ruas Ceará com a Joaquim Murtinho o trânsito é lento e falta fiscalização. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Fim de tarde em Campo Grande e um problema comum toma conta de cruzamentos e rotatórias da cidade, causando transtorno para quem volta para casa depois de um dia de trabalho.

O trânsito causa lentidão, que logo se transforma em engarrafamentos que travam, por exemplo, as ruas Joaquim Murtinho, Ceará e as avenidas Tamandaré e Euler de Azevedo.

Na vias de diferentes pontos da cidade, a reclamação comum dos motociclistas e ciclistas é de que falta orientação de agentes de trânsito, da Agetran (Agência Municipal de Trânsito) e Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito).

No encontro da rua Joaquim Murtinho com a rua Ceará, próximo à Escola Estadual Hércules Maymone, as duas rotatórias recebem trânsito de quem se desloca do Centro para as regiões Leste e Sul da Capital. O movimento dos carros e motos também dificulta o trânsito dos ônibus do transporte coletivo urbano, que param no ponto de integração em frente à escola.

“Aqui falta conscientização e guardas para orientar o trânsito”, afirma o motorista João Antunes, que aguarda o semáforo abrir para seguir pela rua Joaquim Murtinho.

O motorista Frederico Pereira, que aguardava no sinal questiona o movimento no local. “Falta alguma coisa, acho que fiscalização, né? Aqui e ali mais pra baixo o trânsito não anda”, comentou.

No cruzamento da rua Ceará com a avenida Mato Grosso, motoristas sofrem nos horários de pico.(Foto: Simão Nogueira)
No cruzamento da rua Ceará com a avenida Mato Grosso, motoristas sofrem nos horários de pico.(Foto: Simão Nogueira)

“Esse ponto precisa de fiscalização, pra não ter abuso, porque desse jeito não dá”, diz Fábio Aparecido, enquanto esperava a fila de carros andar, mesmo com o sinal já verde.

Na pista contrária, para quem segue do bairro para o Centro, as reclamações e as soluções apontadas não são diferentes. “Com certeza falta alguém pra orientar”, conta Lucas Bacardi, opinião dividida pela motorista Maria Assunção, “Falta um agente punitivo”, completa.

Quem segue pela rua Ceará, logo volta a sofrer com o trânsito pesado e a dificuldade de seguir na direção da saída para Cuiabá ou virar na avenida Mato Grosso. Mesmo o semáforo aberto, os carros, motos, caminhões e ônibus demoram a andar e inevitavelmente fecham o cruzamento com a Antônio Maria Coelho.

Para o motorista Ed Lima o problema é mais uma vez a falta de agentes “Tem que ter uma fiscalização, acho que um fiscal de trânsito ajudaria”, comenta.

“Passo aqui todo dia e acho que deveria ter um fiscal para orientar, um policial”, disse o condutor Pedro Sérgio.

Fila de veículos que aguardam na avenida Tamandaré para cruzar a Euler de Azevedo. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Fila de veículos que aguardam na avenida Tamandaré para cruzar a Euler de Azevedo. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Toda dificuldade para ir e vir é o reflexo do aumento da frota de veículos da Capital, como mostram os dados do Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul). Em um ano, 30 mil novos carros, motos, caminhões e motonetas passaram a circular pelas ruas da cidade.

Segundo o último levantamento disponível, 424.935 veículos tentam dividir o espaço das ruas e avenidas de Campo Grande.

Do outro lado da cidade, no cruzamento das avenidas Euler de Azevedo e Tamandaré o fluxo de veículos fica comprometido nos horários de pico, gerando congestionamentos em todos os sentidos. O problema se agrava com a entrada e saída de estudantes que usam as avenidas para seguir até a UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

“Com certeza precisa colocar fiscalização, orientação aqui”, comentou o motoristas Carlos Homero, enquanto esperava o veiculo da frente andar.

Como alternativa, motoristas apontam a instalação de equipamentos para ordenar o movimento, mas insistem na presença agente de trânsito. “Aqui tem que ter um semáforo, porque o trânsito não anda, e precisava também de ter fiscalização”, comentou Natalício de Jesus.

O trânsito também é dificultado pelos ônibus urbanos e os veículos que seguem em direção a Rochedo, Corginho e Rio Negro, já que a avenida Euler de Azevedo termina na MS-080.

A presença de caminhões também é grande, e mesmo entre os motoristas que dirigem esses veículos a reclamação. “Aqui tinha que ter um guarda, pra ajudar a andar”, comenta Rodrigo Nantes.

O motorista Marcos Roberto diz que para ele é uma situação que não incomoda só no cruzamento do bairro São Franciso. “Acho que está demorando para ter mais fiscal”.

Para a Agetran, órgão responsável pela ordenação do trânsito da cidade, o problema não é de fiscalização, mas a falta de educação no trânsito dos condutores. “Não temos como estar em todas as rotatórias da cidade, mas se as pessoas obedecerem às regras, o trânsito vai andar”, diz o chefe da divisão de fiscalização de trânsito da agência, Carlos Guarini.

Guarini sugere que os condutores procurem sair cinco minutos antes, para evitar os congestionamentos, assim como buscar vias alternativas.

“Para a UCDB, por exemplo, você tem a opção de seguir pela Tamandaré, pelo prolongamento da Ernesto Geisel e pela rua do Seminário, fazendo caminhos diferente”, diz o fiscal do trânsito.

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