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Capital

Excesso de velocidade lidera ranking de multas em Campo Grande

Luciana Brazil | 20/10/2013 07:09
No cruzamento da Afonso Pena com a 14 de JUlho policiais do Batalhão de Trânsito fazem policiamento. (Fotos: Marcos Ermínio)
No cruzamento da Afonso Pena com a 14 de JUlho policiais do Batalhão de Trânsito fazem policiamento. (Fotos: Marcos Ermínio)

Das mais de 139 mil multas de trânsito aplicadas em Campo Grande, de janeiro a agosto de 2013, 48.485 correspondem a motoristas que ultrapassaram o limite de velocidade imposto pela legislação.

O número é referente a condutores que excederam em 20% a velocidade permitida, de acordo com o Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito).

Em todos os casos (48.485) as infrações foram flagradas por radares e lombadas eletrônicas. A multa para quem excede o limite em 20% é de R$ 85,13 e quatro pontos na carteira.

O alto índice de multas relacionadas com excesso de velocidade, segundo o Detran, é resultado do aumento no número de radares e lombadas instalados na Capital.

Avançar o sinal vermelho ou desrespeitar locais de paradas obrigatórias correspondem a segunda maior quantidade de multas no ranking do órgão. Só neste ano, 16.054 motoristas receberam esta autuação.

Exceder a velocidade de 20% até 50% do permitido é a terceira maior causa de multas na Capital, com 14.215 motoristas autuados. O valor nesse caso é de R$127,69, a infração é grave e soma quatro pontos na Habilitação.

De acordo com a listagem do Detran, mais de 2 mil motoristas foram pegos transitando com velocidade superior aos 50% do permitido. A multa é de R$ 574,62 (gravíssima) e sete pontos na carteira.

Das mais de 150 infrações do Código de Trânsito Brasileiro, deixar de registrar o veículo zero junto ao Detran, por mais de 30 dias, obteve, em Campo Grande, a quarta posição no ranking de motoristas multados em 2013. Foram 8.287 condutores autuados.

As 8.060 multas que ficaram na quinta posição são referentes aos motoristas que foram flagrados utilizando fone de ouvidos enquanto dirigiam.

O Detran registrou, de janeiro a setembro deste ano, 7.129 multas que correspondem a condutores não identificados na direção de veículos empresariais. Segundo o órgão, nesses casos a empresa tem até 15 dias, depois de notificada, para identificar o motorista que estava na direção.

A dentista Ana Carolina frisa a violência no trânsito da Capital.
A dentista Ana Carolina frisa a violência no trânsito da Capital.
Marcelo diz que as multas pesaram no bolso.
Marcelo diz que as multas pesaram no bolso.

Quando isso não ocorre, a multa é cobrada em dobro. A medida vem sendo aplicada há dois anos, e a intenção é punir o motoristas com os pontos na carteira. Segundo a assessoria do Detran, os empresários evitam reconhecer os motoristas já que identificá-los pode prejudicar a empresa, porque somando até 20 pontos na carteira, o condutor fica proibido de dirigir qualquer veículo.

Durante todo período de 2012, o número total de multas foi de 206.931. Do total, 68.311 motoristas foram multados por excesso de velocidade permitida.

Opinião: Nas ruas de Campo Grande, a população se divide na hora defender a fiscalização. “Aumentou a fiscalização. Mas tem que ser assim. Campo Grande é muito violenta”, disse a dentista Ana Carolina Barros, 27 anos.

O mecânico de refrigeração Marcelo de Souza Nascimento, 40 anos, conta que já foi multado recentemente duas vezes, uma delas por uma conversão errada e outra por excesso de velocidade na lombada eletrônica. “Estava distraído”, conta ele, já com 15 anos de habilitação.

O peso, Marcelo sentiu no bolso. A multa foi referente à velocidade excedida na lombada eletrônica. “Passei a 50 km/h. Paguei uma multa de R$ 480. Pesou no bolso”.

Alguns motoristas criticam a atuação dos agentes de trânsito. “Eles ficam aglomerados, ao invés de ficar mais espalhados. Na rotatória da Coca-cola tem muito movimento e não fica ninguém lá, só no horário de pico”, disparou o assistente administrativo Gilvano Alves da Silva, 39 anos.

“As multas aumentaram, mas o trânsito continua uma porcaria”, continua ele.

Os parquímetros, que antes de serem instalados causaram muita polêmica, foi motivo de defesa para o tratorista Nilton Galdino, 50 anos, apesar de já ter sido multado por não registrar o veículo na vaga. “Se já é difícil de encontrar vaga com eles, imagina sem”, disse.

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