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Capital

Frota cresce, congestiona fluxo e PM já prevê rodízio na Capital

Renan Nucci | 31/08/2014 09:05
Congestionamentos como este da Avenida Mato Grosso com a Via Park, são comuns em horário de pico. (Foto: Marcos Ermínio)
Congestionamentos como este da Avenida Mato Grosso com a Via Park, são comuns em horário de pico. (Foto: Marcos Ermínio)
O coronel da PM, Valter Godoy Rojas, se mostrar preocupado com as questões que envolvem o trânsito da Capital. (Foto: Pedro Peralta)
O coronel da PM, Valter Godoy Rojas, se mostrar preocupado com as questões que envolvem o trânsito da Capital. (Foto: Pedro Peralta)

O crescimento vertiginoso na frota de Campo Grande eleva problemas de trânsito como lentidão e congestionamento, e percursos que antes eram feitos em aproximadamente 15 minutos, hoje tomam mais de meia hora.

O comandante da Polícia Militar em Mato Grosso do Sul, coronel Valter Godoy Rojas, disse durante evento no 17º Batalhão de Trânsito da Capital que, se o poder público não adotar medidas urgentes, haverá a necessidade de rodízio de veículos em um futuro próximo.

Segundo levantamento apresentado pelo Detran (Departamento Estadual de Trânsito), de 2005 a 2012 o número de carros e motos cresceu 86,7%, saltando de 239.359 para 446.969. De acordo com números atualizados fornecidos pelo 17º Batalhão de Trânsito, a frota hoje da Capital supera 480 mil veículos, o que deixa uma média aproximada de um para cada dois habitantes.

Com as ruas abarrotadas, os congestionamentos se tornam cada vez mais comuns em horários de pico, principalmente em regiões como na rotatória da Avenida Interlagos ou no cruzamento da Via Parque com a Avenida Mato Grosso. Consequentemente, na disputa por espaço, alguns condutores ser arriscam e acabam provocando acidentes. “A quantidade de veículos é absurda e a lentidão é consequência. Nossa estrutura de tráfego ainda não está totalmente preparada para atender a esta demanda”, disse Rojas.

Segundo ele, se o crescimento continuar rápido, poderá haver rodízios de veículos. “Em alguns lugares é impossível transitar nos horários de pico. São muitos carros e motos. Nossas ruas já não estão mais suportando essa demanda. Se continuar assim e nada for feito, vejo que em um futuro não muito distantes seremos obrigados a adotar regime de rodízio”, disse o comandante da PM, reforçando que acima de qualquer planejamento ou fiscalização, é preciso consciência por parte do cidadão.

“O cidadão tem que contribuir e se programar melhor, levando em conta que pode haver algum imprevisto durante o trajeto. A cidade cresceu, mas muito campo-grandenses ainda não se habituaram a isso. Planejar os horários é importante pois reflete na segurança de todos, já que não haverá a necessidade de dirigir com pressa, arriscando a própria vida e a de terceiros”, completou.

Filas longas e lentidão são cenas comuns no cotidiano do trânsito campo-grandense. (Foto: Marcos Ermínio)
Filas longas e lentidão são cenas comuns no cotidiano do trânsito campo-grandense. (Foto: Marcos Ermínio)

Estrutura de Trânsito – O engenheiro Jean Saliba, titular da Agetran (Agência Municipal de Trânsito de Campo Grande) reforça em partes o discurso do comandante da PM, mas pondera que, apesar de ter muitos problemas, o trânsito de Campo Grande ainda está longe de ser caótico. “O trânsito brasileiro em geral é ruim, mas tem muitos lugares piores que aqui”, disse.

Ele comenta que as vias já encontram dificuldade para acomodarem tantos automóveis simultaneamente, no entanto, a administração municipal, por meio da Agetran e outros órgãos de trânsito, assim como o Planurb (Instituto Municipal de Planejamento Urbano), está atenta quanto a este cenário e já estuda medidas com soluções em longo prazo.

“O trabalho para melhorias da engenharia de tráfego continua. Temos feito mudanças na sinalização de algumas ruas, mas sabemos que ainda há muito a ser feito. Por enquanto, nossas vias ainda fornecem rotas alternativas que auxiliam aquelas pessoas que querem fugir do congestionamento”, avaliou, sugerindo que, entre algumas medidas viáveis está a construção de mais viadutos.

“É uma saída que resolveria o problema a médio prazo, pois sabemos que existem alguns gargalos que comprometem a fluidez nas vias em momentos específicos”, disse. Assim como a PM, ele recomenda que o cidadão se adapte ao momento e busque alternativas como sair em horários diferentes ou mudar a rota buscando ruas menos movimentadas. “Isso certamente ajudaria muito. O campo-grandense precisa entender que mora em cidade grande”, concluiu.

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