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Capital

Homem bate em moto, foge e vítima vai ficar 3 meses sem trabalhar

Nadyenka Castro | 29/07/2011 17:51

Caso é um dos exemplos da imprudência

No local do acidente com Palio e bicicleta, vestígios de sangue. (Foto: João Garrigó)
No local do acidente com Palio e bicicleta, vestígios de sangue. (Foto: João Garrigó)

Vítima de um acidente no início da tarde da última quarta-feira, em Campo Grande, o mestre-de-obras Alexandre Azambuja Lopes, 38 anos, terá que ficar sem colocar o pé esquerdo no chão por três meses devido, segundo ele, à imprudência do motorista do veículo que colidiu na motocicleta que ele pilotava.

Alexandre trabalha como autônomo e, de acordo com ele, durante o próximo trimestre não poderá trabalhar e com isso não terá dinheiro. “Se eu não pegar obra não tenho dinheiro. Como eu vou pegar obra se eu não posso colocar o pé no chão”? questiona.

A situação do mestre-de-obras é exemplo do resultado do que acontece diariamente no trânsito. Desatenção, imprudência, falta de respeito ao próximo, entre outras situações que deixam pessoas lesionadas e mortas, como foi o caso do ciclista Alex Rodrigues Oliveira, 36 anos, o qual foi colhido por um Palio conduzido por uma mulher que se distraiu ao pegar um batom, na Vila Almeida.

O caso de Alexandre é simples comparado a de outras pessoas que morrem, que têm que amputar pernas, ficam paraplégicas, entre outras situações. Entretanto, ilustra que por menor que seja a lesão causada por um acidente de trânsito a consequência é dramática.

Nos próximos três meses, Alexandre e a esposa terão que viver somente com o salário dela, de técnica em radiologia. Ele é pai de uma menina que não mora com ele.

O mestre-de-obra conta que seguia pela rua Japão, preferencial, em direção a sua casa, conduzindo uma Yamaha 250 quando foi colhido por um carro. Ele girou no ar e caiu próximo ao meio-fio.

Com o impacto, quebrou o tornozelo esquerdo e teve escoriações pelo corpo. Foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para Santa Casa, onde fez cirurgia para colocação de três parafusos. “O médico falou que eu vou ter que ficar três meses sem por o pé no chão para não perder a perna”, diz.

O motorista do veículo que, conforme a vítima não respeitou a preferencial, fugiu sem prestar socorro. “Eu sei que o carro era uma pick-up preta com as letras N e T e com os números 7079 porque as pessoas que estavam lá perto viram e me falaram”, declara.

As testemunhas descreveram o motorista à vítima como sendo um homem de barba grisalha e usando chapéu.

“Vou atrás dos meus direitos. Se ele não foi homem de parar e ajudar, vai ser homem de assumir na justiça”, afirma Alexandre.

Crimes de trânsito - De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, pela situação relatada por Alexandre, o motorista da pick-up cometeu pelo menos três crimes: lesão corporal culposa, omissão de socorro e fuga do local.

Todos com previsão de pena inferior a dois anos e com possibilidade de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação. Se condenado por estes crimes pode prestar serviços comunitários.

Números- Estatística do Detran mostra que no mês passado, na Capital, foram 1035 acidentes de trânsito. Sendo que oito pessoas morreram no local e 529 ficaram feridas.

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