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Capital

Jovem morto em acidente estudava engenharia, mas queria ser médico

Francisco Júnior e Kleber Clajus | 21/11/2014 11:12
Rafael de Souza, de 21 anos, havia feito o Enem tentando entrar no curso de Medicina. (Foto: Reprodução Facebook)
Rafael de Souza, de 21 anos, havia feito o Enem tentando entrar no curso de Medicina. (Foto: Reprodução Facebook)

A vontade de ser médico era uma das motivações de Lucas Rafael de Souza, 21 anos. Ele dedicou o ano inteiro aos estudos para conseguir boa nota no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e, assim, alcançar o almejado sonho de cursar Medicina em uma universidade pública. No trabalho havia sido promovido há poucos dias, porém os planos futuros foram brutalmente interrompidos em acidente de trânsito, ontem (20), no Bairro Jardim das Nações, em Campo Grande.

Familiares buscam respostas sobre o fim de um jovem promissor selado no cruzamento da Avenida Gabriel Spipe Calarge com a Rua do Hipódromo. Lucas, que seguia em uma moto, foi atingido no local por um caminhão da transportadora Carvalima e, arremessado pelo impacto, bateu a cabeça no meio fio.

Apesar de querer ser médico, desejo que chegou a levá-lo a estudar durante um ano na Bolívia, Lucas não deixou os estudos de lado e ingressou no curso de engenharia civil. Trabalhava havia dois meses na transportadora Pontual Brasil, onde se destacou e foi promovido ao posto de gerente de expedição. Ele era membro da Igreja Adventista e sempre estava envolvido nas ações sociais da congregação em que frequentava no Bairro Amambaí.

“Era uma pessoa cheia de sonhos. Estava batalhando para entrar no curso de Medicina com a nota do Enem deste ano”, lamentou Isac Leandro de Souza, primo de Lucas, que considerava o jovem um parceiro para todas as horas.

Colegas de trabalho lamentam a morte de Lucas. (Foto: Marcelo Calazans)
Colegas de trabalho lamentam a morte de Lucas. (Foto: Marcelo Calazans)
Primo disse que Lucas era seu parceiro para todas as horas. (Foto: Marcelo Calazans)
Primo disse que Lucas era seu parceiro para todas as horas. (Foto: Marcelo Calazans)

Luciano Arruda, tio de Lucas, chegou a passar no local do acidente minutos depois do acidente. “Tive o azar de passar no local, mas não sabia que era meu sobrinho”. Ele não considera que a colisão no cruzamento tenha sido apenas uma fatalidade. "Foi total negligência do motorista [do caminhão], uma vez que o cruzamento é bem sinalizado. Fatalidade acontece, mas descuido é criminoso”, ressaltou Arruda.

Colegas de trabalho tinham Lucas como exemplo. “Ele era muito dedicado e pró-ativo, tinha um futuro promissor dentro da empresa”, destacou o auxiliar de faturamento, Fábio Alves.
Bruno Araújo e Lucas Xavier definiram o chefe como uma pessoas simples e sempre pronta a ajudar. “ Ele sempre estava envolvidos com todos e até nos ajudou algumas vezes a carregar o caminhão”, comentaram os rapazes.
“É uma perda de um jovem que tinha uma vida inteira pela frente. Ele vivia na igreja e era muito querido no ambiente congregacional e sempre quis ajudar o próximo”,também lamentou o pastor Hassani Pereira do Nascimento.

O corpo de Lucas é velado na Igreja Adventista do Bairro Amambaí. O sepultamento será realizado no período da tarde, às 14h, no Cemitério Memorial Park.

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