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Capital

Jovem que atropelou motociclista prestou socorro à vitima, diz advogado

Elverson Cardozo | 20/07/2012 17:00

Marcos Martins Bortoncello, o motorista que atropelou um motociclista em Campo grande, na avenida Ceará, em 2009, prestou socorro à vítima e até hoje faz tratamento psicológico, devido ao estado de choque em que ficou após o acidente.

É o que informa o advogado dele, Heitor Miranda Guimarães, que procurou a reportagem do Campo grande News, após a publicação da matéria “Era para ser um dia feliz, mas ficou marcado por uma dor que não passa”, parte de uma série que tem como objetivo conscientizar a população sobre a ocorrência de acidentes de trânsito na Capital.

Heitor Miranda afirmou que a “estória” narrada pela reportagem “precisa ater-se não somente aos sentimentos de quem teve a perda recente de um filho, mas aos fatos efetivamente constatados, inclusive pela verificação de ambas as versões, sob pena de induzir a sociedade ao entendimento equivocado da realidade”.

Segundo o advogado, Marcos Bortoncello não dirige mais e está muito abalado com a situação. O advogado afirma que ele chegou a trancar o curso de Administração, da qual era acadêmico na época do acidente.

Heitor Mirada argumenta que seu cliente, à época, “sofreu perseguição de pessoas desconhecidas” e que “a família sente o pesar da morte do rapaz [o motociclista Anderson de Castilho dos Santos], mas não se sente responsável porque ele [Marcos Martins] também foi vítima".

O advogado afirma que provas preliminares indicam que o motociclista contribuiu com o acidente. “A vítima na verdade corroborou imensamente com o acidente, pois estava alcoolizada (laudos médicos do hospital), sem capacete e sem habilitação, quando, freando bruscamente a moto não deu chances para o outro condutor (Marcos) desviar, ocasionando o fatídico acidente”, defendeu o advogado.

O processo, na esfera cível, ainda encontra-se em tramitação perante à justiça, afirmou Heitor Miranda, e o réu, Marcos, “teve as mesmas oportunidades de defesa como qualquer outro cidadão”.

Para o advogado, Anderson não tinha condições de conduzir uma motocicleta no momento do acidente. Sobre a declaração do pai do soldado, Anderson Castilho, que acredita que o motorista tenha escondido a moto que o filho pilotava, ele esclarece:

“Marcos não abandonou o local e não alterou o estado nem a posição dos veículos. Ficou em estado de choque. Pediu ajuda a amigos que residiam, que ligaram solicitando a presença dos bombeiros e da polícia. Marcos permaneceu no local durante todo o período, inclusive durante o atendimento do socorro”.

“O que existe nos laudos técnicos é exatamente o que aconteceu”, finalizou o advogado, em entrevista por telefone.

A versão do advogado de Marcos Martins Bortoncello foi negada, durante a entrevista, pelo pai, mãe e irmão do soldado.

O advogado da família de Anderson Castilho, Marcio Medeiros, disse que a informação de que o motociclista estava alcoolizado não procede. No dia do acidente, declarou, ele não chegou a ser submetido ao exame de alcoolemia.

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