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Capital

Mataram Zezuita, mãe de Rogério, e nem pararam para prestar socorro

Viviane Oliveira e Guilherme Henri | 28/06/2016 11:46
Zezuita morreu após ser atropelada em rua movimenta e escura. (Foto: divulgação)
Zezuita morreu após ser atropelada em rua movimenta e escura. (Foto: divulgação)

"Ela voltava do trabalho. Foi um ato desumano o motorista ter fugido sem prestar socorro". O desabafo foi feito nesta manhã (28) pelo autônomo Rogério Braga da Silva, 27 anos, filho de Zezuita Santana Braga, 54 anos, morta atropelada por um veículo.

O acidente ocorreu na noite de domingo (26), em Campo Grande, na Avenida Dom Antônio Barbosa, prologamento da Doutor Euler de Azevedo, na região do Bairro José Abrão, próximo à Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul).

A vítima havia acabado de descer do ônibus do transporte coletivo e atravessava a rua quando foi atropelada por um veículo, provavelmente de modelo Hyundai, de cor prata. Na colisão, o retrovisor quebrou e ficou no local. “Quem tiver informação sobre o acidente eu peço que entre em contato com a polícia e denuncie”, apela.

Rogério conta que a mãe estava separando do pai dele e fazia pouco mais de 1 ano que trabalhava no setor de limpeza de um supermercado da região do Bairro São Francisco. “O emprego devolveu para minha mãe a autoestima, que tinha perdido durante o casamento. Ela sempre morou em fazenda e atualmente já sonhava em conseguir um canto para morar”, lamenta. Zezuita morava provisoriamente na casa do filho. 

Rogério acredita que o motorista não tenha parado para prestar socorro, porque estava sob efeito de álcool. No dia do acidente, não foi encontrado marcas de frenagem na via. 

O local é palco constante de acidentes, de acordo com universitários e moradores da região, que já fizeram diversos protestos solicitando à prefeitura mais iluminação e sinalização naquele trecho. Zezuita foi enterrada nesta manhã no cemitério Santo Amaro. 

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