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Capital

Moradores clamam por sinalização em cruzamento perigoso

Elverson Cardozo | 05/10/2012 16:37
Faixas pedindo sinalização foram colocadas no cruzamento das vias. (Foto: Minamar Junior)
Faixas pedindo sinalização foram colocadas no cruzamento das vias. (Foto: Minamar Junior)
Hoje, mais um acidente foi registrado. Desta vez, as vítimas saíram ilesas. (Foto: Minamar Junior)
Hoje, mais um acidente foi registrado. Desta vez, as vítimas saíram ilesas. (Foto: Minamar Junior)

Chega de acidentes; faixa de pedestres; sinaleiro já! As frases, soltas, estão escritas em três faixas posicionadas em um movimentado cruzamento da Vila Margarida, em Campo Grande. Representam o clamor de uma comunidade que não suporta mais presenciar tantos acidentes e com uma frequencia assustadora.

Desde que a rua Onicieto Severo Monteiro – a que sai na Semed - virou pista única, o fluxo de veículos na rua Naviraí aumentou e é no cruzamento com a avenida Capital que o problema vem à tona.

O trânsito, no local, virou um verdadeiro caos. Atravessar a rua - que está com sinalização horizontal totalmente apagada – é um desafio cada vez mais difícil. O desrespeito de muitos motoristas, que insistem em “tomar a vez do outro”, torna a situação ainda mais complicada.

O resultado está à mostra e pode ser visto quase todos os dias. Hoje (5), por exemplo, colisão entre uma moto e um carro de passeio por pouco não terminou em tragédia.

Placa pedindo semáforo foi colocada há meses na frente de um bar. (Foto: Minamar Junior)
Placa pedindo semáforo foi colocada há meses na frente de um bar. (Foto: Minamar Junior)

A operadora de caixa Maisa Fugimoto, de 38 anos, que seguia pela avenida Capital em um Peugeot, foi atingida por uma Honda Fan, que era guiada pelo policial militar José Carlos Barbosa, de 46 anos. Ele trafegava pela Naviraí.

Felizmente, os danos, desta vez, foram materiais e os envolvidos entraram em um acordo sem a necessidade de registrar Boletim de Ocorrência, mas nem sempre é assim.

Morador e comerciante do bairro há 30 anos, Egildo Souza, de 56 anos, conta que a esposa ficou sem andar durante um ano, após ser atropelada por uma moto enquanto atravessava a rua. “Ela estava a 1 metro da calçada. A moto foi parar a quase 40 metros”, relatou.

Zélia Alexandra Almeida, de 52 anos, a esposa do comerciante, sofreu fratura exposta na perna esquerda e até hoje caminha com dificuldades devido as sequelas. É apenas um dos muitos casos registrados no cruzamento.

Proprietário de um bar localizado na esquina, Marcio Paniago Gomes, de 33 anos, já perdeu as contas das vezes em que presenciou acidentes ali. O último, há 3 dias, também envolveu um carro e uma moto.

“Já morreu gente”, comentou, ao dizer que a situação tem piorado de um ano para cá, desde que a rua Onicieto Severo deixou de ser mão dupla.

Moradores clamam por sinalização em cruzamento perigoso

O cruzamento é movimentado o dia todo, mas piora nos horários de pico. Na entrada e saída de alunos da Escola Estadual Professor Cyrilo Correa, que fica na avenida Capital, a situação é desesperadora.

Aguido Ramires, de 31 anos, afirma que o problema já passou dos limites porque “todo dia tem acidente”. Para resolver o problema, o jardineiro sugere a instalação de um semáforo, redutores de velocidade ou faixa de pedestre.

Fausto Alexandre, de 65 anos, pensa da mesma forma e diz que moradores já cansaram de pedir sinalização. Até um abaixo-assinado foi feito. O documento, afirmou, foi entregue à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), mas até agora nada foi feito. “Aqui está ficando cada vez pior”, opinou.

Sinalização - O diretor de trânsito da Agetran, Janine de Lima Bruno, informou que já foi solicitado a instalação de um conjunto semafórico para o cruzamento e que o processo está em fase de licitação, provavelmente no final, mas não há como adiantar os prazos e interromper os trâmites legais.

O conjunto abrange semáforos para motoristas e pedestres, além de temporizadores. Janine disse ainda que a sinalização horizontal será refeita com implantação de faixas de segurança.

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