ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, QUINTA  28    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Moradores reivindicam há cinco anos providências contra acidentes na BR-163

Viviane Oliveira | 29/07/2011 13:23
Os caminhões passam em alta velocidade na rodovia.(Fotos: João Garrigó)
Os caminhões passam em alta velocidade na rodovia.(Fotos: João Garrigó)

Depois de dois acidentes em pouco mais de 24 horas, moradores voltam a reclamar de problema antigo no trecho da BR-163 que corta Campo Grande: o trânsito intenso de veículos pesados na saída para Cuiabá, sem fiscalização de abusos.

A sinalização acaba na avenida Cônsul Assaf Trad, depois que passa o anel rodoviário, sentido Pólo Empresarial Norte Miguel Leteriello, onde começa a preocupação.

A presidente da Assepen (Associação das Empresas do Poló Empresarial Norte), Vanessa Coim, conta que há cinco anos vem lutando junto ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para providenciar uma maneira de reduzir os acidentes na região.

Ela conta, que o fluxo de pedestres e ciclistas é muito grande por conta dos Pólos. São 1500 funcionários que moram em bairros vizinhos, como Nova Lima, jardim Anache, Colúmbia e Vida Nova, e que precisam atravessar a rodovia todos os dias em horários de grande movimento.

“Tem caminhão que passa carregado com 40 toneladas a 80 quilômetros por hora, se ele precisar freirar, só vai parar a 200 metros depois”, disse Vanessa.

Segundo ela, já presenciou a morte de um garoto de 18 anos, filho de um funcionário de sua empresa. “Ele estava a pé e veio falar com o pai, o menino foi atropelado por uma carreta bi-trem, foi uma cena horrorosa”, lamenta Vanessa.

A presidente conta que já registrou vários protocolos e projetos junto ao Dnit e a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), mas que até agora nada foi feito.

Conforme Vanessa, a resposta do Dnit é que a via será duplicada e que terá um trevo de acesso ao pólo. Já a Agetran diz não poder fazer nada porque a rodovia é de competência do órgão federal.

O fluxo de motociclistas, ciclistas e pedestres é grande na região, por causa do pólo. (Fotos: João Garrigó)
O fluxo de motociclistas, ciclistas e pedestres é grande na região, por causa do pólo. (Fotos: João Garrigó)

Para ela, um redutor de velocidade resolveria a maior parte do problema. “Em frente ao Makro Atacadista colocaram um radar e está dando certo”, exemplifica Vanessa.

Gilcimar Giacomazzi, 31 anos, trabalha no posto de combustíveis Arara Azul, e conta que já presenciou vários acidentes. “A maioria são causados por excesso de velocidade e falta de atenção. Os motoristas têm que perceber que por mais que seja rodovia, tem trânsito de pedestres a todo o momento aqui”.

O comerciante Leorindo Alves da Silva, 69 anos, mora no Colúmbia e todo o dia atravessa a via com um carrinho cheio de mercadorias. “Eu demoro aproximadamente 40 minutos para conseguir atravessar com segurança”, conta o comerciante.

Acidentes - Ontem três pessoas ficaram feridas em um capotamento ocorrido no final tarde na rodovia.

Na última quarta-feira (27) duas pessoas ficaram gravemente feridas no mesmo local. O motociclista Cleiton Magalhães da Silva, 29 anos, e Marlene Torres, 35 anos. Marlene teve a perna esquerda amputada e teve traumatismo craniano.

Nos siga no Google Notícias