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Capital

Mortes de motociclistas caem 32% e Agetran conta 13 vidas preservadas

Evelyn Souza | 27/07/2013 08:26
Edgar diz que por sorte, nunca se envolveu em acidentes. (Foto: Cleber Gellio)
Edgar diz que por sorte, nunca se envolveu em acidentes. (Foto: Cleber Gellio)

Elas são conhecidas como as mais ágeis, mais econômicas e, muitas vezes, mais perigosas. Mas ao contrário do que se fala sempre, o número de motociclistas mortos no trânsito de Campo Grande, caiu 32,5%. O que representa 13 vidas preservadas. Além de pilotos mais atentos, o veículo sob duas rodas deixou de ser atrativo no Estado e até as vendas continuam em queda.

Segundo a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), de janeiro até hoje, foram registradas 27 mortes de motociclistas na Capital. A queda é de 32,5% se comparado ao mesmo período do ano passado, onde até julho, foram contabilizadas 40 mortes.

Ainda de acordo com a Agetran, dos 27 motociclistas que morreram esse ano, 13 tinham entre 18 a 25 anos. A faixa etária dos 51 anos a 60 aparece em segundo lugar, com oito mortes. A maior parte das vítimas era do sexo masculino.

Em relação à faixa etária dos motociclistas que morreram no trânsito em 2012, os jovens de 18 a 25 anos lideram o ranking, com 32% dos casos. Seguido dos que tinham entre 26 a 30 anos, que representam 15% das mortes. Os motociclistas com 60 anos aparecem em terceiro lugar, com 12%. Os homens representaram 86% das vítimas.

Thiago diz que no trânsito, é preciso dirigir "para os outros". (Foto: Cleber Gellio)
Thiago diz que no trânsito, é preciso dirigir "para os outros". (Foto: Cleber Gellio)
Robson voltando de uma entrega. (Foto: Cleber Gellio)
Robson voltando de uma entrega. (Foto: Cleber Gellio)

“Se pensarmos nas vítimas são muitas. Mas se avaliarmos a queda dos casos vamos ver que 13 vidas foram preservadas esse ano, já é uma vitória”, diz a chefe da Divisão de Educação para o trânsito da Agetran, Ivanise Rotta.

Motociclista há 20 anos, o eletricista Edgar de Oliveira, 44 anos, diz que, por sorte, nunca se envolveu em acidentes. "Piloto com bastante atenção para não acontecer um inesperado. Acho que está faltando cautela, de todas as partes", diz o eletricista que percorre cerca de mil quilômetros há cada 15 dias, no trânsito da Capital.

"Você te que dirigir pra você e para os outros. Já me "fecharam" uma vez. Temos que ficar atentos porque o prejudicado e quem se machuca é sempre o motociclista", responde Thiago Rodrigo Matos, 28 anos, que trabalha como técnico de informática.

O moto entregador Robson Afonso Silva, 24 anos, percorre cerca de 100 quilômetros por dia entregando frutas de manhã e atendendo cartórios e empresas particulares no período da tarde. "O trânsito daqui está muito complicado. Estressa, não anda", queixa-se.

A gerente comercial de uma loja de motocicletas de Campo Grande, Vânia Martins, explica que a concessionária vende uma média de 220 motocicletas por mês e que 300 estão em processo de consórcio. Ela explica que antes de receber o veículo, o cliente recebe orientações. "Temos um monitor de treinamento e oferecemos um curso de pilotagem, que é de graça. Dura dois dias e eles recebem aulas teóricas e práticas. Saem até com certificado", explica a gerente.

Experiente no ramo, Vânia conta que a loja adotou essa postura porque a maior parte dos compradores são jovens de 18 anos. "Eles completam 18 anos e ficam enlouquecidos por uma moto. Saem por aí nas festas e acabam se envolvendo em acidentes. Queremos conscientizar essas pessoas pra que possamos fazer uma venda de qualidade para um piloto consciente". conclui.

Gerente comercial montou estratégia para conscientização de motociclistas. (Foto: Cleber Gellio)
Gerente comercial montou estratégia para conscientização de motociclistas. (Foto: Cleber Gellio)

Frota - Segundo o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), até maio deste ano, 107.204 motocicletas circulavam nas ruas de Campo Grande. No mesmo período do ano passado, eram 102.322.

No Estado, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), houve queda de 16,4%, de novo, na venda de motocicletas no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013. Foram emplacadas 11.471 motos novas de janeiro a junho de 2013, contra 13.728 no mesmo período do ano anterior.

Em junho deste ano, foram 1.974 motocicletas vendidas, ligeiro acréscimo em relação às 1.903 do mesmo mês de 2012.

Dia do Motociclista - Em homenagem ao Dia do Motociclista que é comemorado nesse sábado (27), uma concessionária da Capital organiza uma "motorreada", com passeio de motocicletas, palestras e sorteios.

A concentração vai ser a partir das 8h30 na Avenida Afonso Pena, próximo a Via Park.

Mês de julho – Só no mês de julho, cinco motociclistas perderam a vida nas ruas de Campo Grande. O primeiro acidente aconteceu no último dia 7, quando o oficial penitenciário Marcos Ferman, de 45 anos foi atingido por um carro Montada na avenida Gury Marques. Com o impacto da batida, ele foi arremessado a 100 metros do ponto da colisão e morreu na hora.

A segunda morte foi registrada no dia 17. A vítima foi o dono de uma bicicletária, Cleverson Bertoli, 37 anos, que morreu após bater a moto que conduzia em um muro na Avenida da Capital, na Vila Rica em Campo Grande.

O terceiro acidente vitimou Josiel Aparecido Pereira da Silva, 35 anos, no dia 19. O homem seguia pelo anel viário, entre as saídas do Indubrasil e Sidrolândia. Ele morreu na Santa Casa e o motorista responsável pelo acidente não foi localizado pela polícia.

Já na última quarta-feira (24) foram duas mortes. Oscar Maciel da Silva, de 56 anos, morreu por volta das 18h na BR-163, no macroanel da Capital. Segundo a polícia, o piloto seguia pela direita da via quando atropelou um motociclista, caiu da moto e foi atropelado por uma carreta. A vítima chegou a ser atendida pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Por volta das 23h30, o jovem Igor Aparecido Guedes, de 23 anos, que pilotava uma motocicleta bateu em uma carreta que estava estacionada na Vila Popular e morreu na hora.

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