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Capital

Multidão se despede do “profeta dos milagres”, mais uma vítima do trânsito

Edivaldo Bitencourt e Adriano Fernandes | 09/10/2015 16:45
Irmãs lembram dos bons momentos e se emocionam em velório de Habib (Foto: Silas Lima)
Irmãs lembram dos bons momentos e se emocionam em velório de Habib (Foto: Silas Lima)
"Ele amava o que fazia e era querido por todos". (Foto: Silas Lima)
"Ele amava o que fazia e era querido por todos". (Foto: Silas Lima)
Dona Fátima, irmã de Habib foi curada de uma trombose após profecia do irmão. (Foto: Silas Lima)
Dona Fátima, irmã de Habib foi curada de uma trombose após profecia do irmão. (Foto: Silas Lima)

Uma multidão acompanhou o velório de Habib Dutra Gonçalves, 35 anos, que morreu após ficar quatro dias internados em decorrência de atropelamento ao sair da igreja na Avenida Ceará, em Campo Grande. Entre os familiares, amigos e irmãos de igreja, ele tinha a fama de profetizar “milagres”.

Habib trabalhava há cerca de 10 anos na Pax Canaã, onde removia os corpos para o Instituto Médico e Odontológico Legal. Também era reconhecido pela simpatia e alegria mesmo no ambiente fúnebre.

Fiel da igreja evangélica Congregação Cristã no Brasil, Habib, que não era casado nem tinha filhos, morava com a irmã, a dona de casa Maria Auxiliadora Gonçalves, 51. “Ele tinha o costume de sair sozinho”, relembrou. Quando não ia aos cultos da igreja na Vila Nasser, às segundas, quintas e domingos, ele freqüentava os templos em outros bairros da Capital.

“Era uma pessoa boa, tinha a mania de chegar nas pessoas e profetizar coisas boas, fazer uma oração”, contou Maria. Ela relatou que um dos irmãos de Habib era estéril. No entanto, ele acabou realizando o sonho de ser pai após Habib lhe dizer que teria um filho.

Em outro caso, Habib avisou um amigo da igreja que ele trocaria o velho fusca por um carro novo. Como não tinha condições, o colega duvidou da profecia, que acabou sendo realizado. Ela contou que uma pessoa chegou, ofereceu um carro melhor e ainda sob a condição de pagar quando desse.

Fátima de Jesus Gonçalves, 54, lembra outra boa noticia profetizada pelo irmão. Ela tinha trombose e obteve o diagnóstico de que teria que amputar a perna. No entanto, Habib lhe previu que Deus a curaria e não seria necessária a adoção de medida tão drástica. “Ele falava e Deus cumpria”, afirmou.

Cerca de mil pessoas acompanharam o velório de Habib, desde a noite da última quinta-feira (08), no Jardim das Palmeiras, na saída para Rochedo. O sepultamento ocorreu esta tarde, no Cemitério Santo Amaro, no jazigo da família. O pai de Habib foi funcionário do cemitério.

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