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Capital

Número de acidentes dispara às vésperas da Copa e acende alerta

Zana Zaidan | 01/07/2014 20:11

A administração municipal esperava fechar o primeiro semestre de 2014 com queda no número de acidentes fatais no trânsito de Campo Grande, mas as mortes registradas nos meses de maio e junho fizeram o resultado se manter igual ao do mesmo período do ano passado.

Conforme o GGIT (Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito), da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), 55 pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito, incluindo os que vão a óbito no hospital, no prazo de 30 dias.

“Estávamos em uma decrescente, mês a mês, mas com as mortes que ocorreram próximo do encerramento do semestre, acabamos mantendo o mesmo número do ano passado, enquanto nossa meta é sempre diminuir o número de ocorrência”, afirma o diretor-presidente do órgão de trânsito, Jean Saliba.

Questionado, Saliba alega não saber especificar quais fatores levaram ao aumento de acidentes. “Não sei se é por causa da euforia com a Copa, não há um motivo que justifique. Qualquer coisa que eu disser será na base do chutômetro”, considera.

A frota de veículos, acrescenta o diretor, manteve-se a mesma entre um ano e outro, sem variações expressivas que pudessem justificar a conta. São mais de 480 mil para uma população com mais 830 mil habitantes, “a grosso modo”, diz Saliba, um carro para cada duas pessoas que moram na cidade.

Perigo para os jovens – As mesmas estatísticas do GGIT apontam, ainda, que 90% dos óbitos aconteceram entre jovens, na faixa etária de 18 a 25 anos, e concentram-se em avenidas largas e prioritariamente nos finais de semana.
“São vias centrais, bem sinalizadas e, com base nesse estudo, podemos concluir que os acidentes estão ligados a imprudência dos condutores, com excesso de velocidade e abuso de álcool, aliada a facilidade para comprar o primeiro carro”, esclarece.

Ações da prefeitura – Como medida, Saliba elenca diversas mudanças implantadas pela Agetran para reverter o quadro, como “operações surpresa” da Agetran, com uso de radares móveis em vias expressas, e novas regras de estacionamento em avenidas, a fim de melhorar o fluxo.

“Mas para um trânsito seguro, é preciso dirigir consciente e com responsabilidade. De nada adianta mudar regras, a fiscalização, a forma de multar, se o motorista também não estiver disposto a mudar”, finaliza.

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